quarta-feira, 29 de abril de 2015

Joba Tridente: abrupta

..., não é uma questão de vírgula!


abrupta
joba tridente

contra a força bruta,  não há argumento
contra a força, bruta, não há argumento
contra, a força bruta, não há argumento


*
29.04.2015

sábado, 18 de abril de 2015

Silvio Romero: Superstições

Para finalizar o assunto Orações, Rezas e Benzimentos, iniciado na publicação anterior, nada melhor que um pouco de Crendices e Supertições. Material compilado do fascinante livro Contribuições para o Estudo do Folk-lore Brazileiro: Estudos Sobre A Poesia Popular do Brazil - 1879-1880, - Rio de Janeiro - 1888, por Sylvio Romero. Na postagem Sylvio Roméro: Orações, de 2013 conservei a grafia original, inclusive nas notas. Agora atualizei (apenas) a grafia.

Confira no Brasil de hoje os reflexos no Brazil de ontem na segunda de duas interessantes postagens: Superstições.



SUPERSTIÇÕES
Silvio Romero

p.25/27 (...) Também existem superstições sobre certos animais. A coruja é de mau agouro. A esperança e a lavandeira de bom. Acreditam no lobisomem, na mula sem cabeça e na mãe d'água, animais encantados.
O excremento da vaca é empregado para lavar a roupa e o corpo.
Lembro este fato por encontrar nele uma reminiscência do culto que se dava à vaca e ao seu excremento na Pérsia e na índia. *
O do cachorro, chamado jasmim do campo, emprega-se na cura da varíola. É um outro sintoma do atraso popular.
Quando sobrevêm as terríveis secas, em alguns pontos procuram conjura-las, fazendo procissões e mudando um santo de um lugar para outro. Também para experimentar-se se o ano será seco ou chuvoso, costuma-se tirar a prova de Santa Luzia, que consiste em colocar-se um bocado de sal em uma vasilha, na véspera do dia da santa, em lugar enxuto e coberto.
Se o sal amanhecer molhado, choverá, ao contrario não.
- Conta-se que no Ceará fizeram esta experiência diante do naturalista George Gardner, mas o sábio, fazendo observações meteorológicas, e chegando a um resultado diferente do atestado pela santa, exclamou em seu português atravessado: “Non, non, Luzia mentio.”
*Angelo de Guternatis — Mythologie Zoologique, passim

Quando alguém perde um objeto, costuma invocar São Campeiro, personagem que não consta do calendário e São Longuinho, patriarca das cousas perdidas.
A São Campeiro acendem-se velas pelos matos e campos. Para São Longuinho, quando se encontra o objeto perdido, grita-se: “Achei, São Longuinho!” Isto três vezes.
Algumas mulheres quando entram n'agua para tomar um banho, dizem:

“Nossa Senhora lavou
Seu bento filho pra cheirar,
Eu me lavo pra sarar.

Acreditam muito em almas do outro mundo, e quando estão comendo, se lhes acontece cair um bocado no chão, dizem: “Qual dos meus estará com fome ?”
Vejo aí uma reminiscência do culto dos maiores, descrito por H. Spenser.*
* Principies of Sociology, passim.

Ao deitarem-se algumas dizem:

“S. Pedro disse missa.
Jesus Cristo benzeu o altar;
Assim benzo minha cama
Onde venho me deitar.’

No ato de dar uma mulher à luz, quando a criança se aproxima do nascedouro, segundo a expressão consagrada, a parteira, ou assistente, faz repetir pela parturiente:

“Minha santa Margarida,
Não estou prenha, nem parida.”

No Ceará ainda se usa, em alguns pontos do centro, uma espécie de velório por morte de crianças, anjinhos, como chamam. Consiste em dar tiros de pistolas e rouqueiras, e cantar rezas e poesias na ocasião de levar para o cemitério o anjinho.
Existe também em algumas províncias a devoção intitulada a lamentação das almas. Em certa noite do ano saem os penitentes, de matracas em punho, a cantar em tom lúgubre composições adequadas. Vão parando de porta em porta sobretudo nas casas de certas velhas a quem querem aterrar.
Nota-se também o costume de vender ou amarrar as sezões, que consiste em benzê-las e depois ir o doente a um pé de laranjeira, onde nunca mais deve tornar, e dizer:

“Deus vos salve, laranjeira,
Que te venho visitar ;
Venho te pedir uma folha
Para nunca mais voltar.”

O elemento feminino é que predomina em tudo isto.
Deixemos este lado sombrio de nosso povo, que é comum também às nações até as mais cultas, e vejamo-lo expandir-se em suas festas.

Link da publicação anterior: Orações, Rezas e Benzimentos.
           
*
Ilustração de Joba Tridente - 2015


Sylvio Vasconcelos da Silveira Ramos Roméro (Lagarto, 21.04.1851 -18.06.1914): escritor, ensaísta, crítico literário, professor, filósofo. Roméro foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1897 e escreveu para diversos jornais.  Sylvio Roméro (Silvio Romero) é autor de: A poesia contemporânea e a sua intuição naturalista (1869); Contos do fim do século (1878); A filosofia no Brasil (1878); A literatura brasileira e a crítica moderna (1880);  Cantos Populares do Brasil - vol. 1 e 2 (1883); Contos Populares do Brasil (1885); História da literatura brasileira, 2v. (1888); A poesia popular no Brasil (1880);  Compêndio da História da Literatura Brasileira (1906). Informações sobre a edição: Portal Brasiliana USP.

Silvio Romero: Oração, Reza, Benzimentos

Uma das postagens de mais leitura, aqui no Falas ao Acaso, foi Sylvio Roméro: Orações, publicada em 2013. Havia me prometido fazer um complemento, mas não conseguia tempo para retomar o assunto que considero por demais curioso.

Como disse anteriormente: “Quando criança, a minha nona (vó) Páscoa benzia toda a família, e quem mais quisesse, com ramos de alecrim e de hortelã”. Não entendia muito o que minha nona calabresa falava..., mas adorava o cheiro que exalava do alecrim e da hortelã. Sempre que tinha nada pra fazer inventava um quebranto ou dor qualquer e ia lá, sentava na cadeira e viajava nas suas rezas inebriantes de alecrim e hortelã.

Duas ruas abaixo de casa havia o Seu Zé Benzedor, um negro velho, de cabelo branco, que também atendia a muita gente. Homem bom. Seu altar era repleto de santos e a sua pequena casa exalava o cheiro de parafina das velas sempre acesas. Seu Zé também benzia tudo, até espinhela caída..., que só vim saber o que era ao ler o fascinante material sobre orações, benzimentos, crendices e superstições, recolhido por Silvio Romero e publicado na edição digital de Contribuições para o Estudo do Folk-lore Brazileiro: Estudos Sobre A Poesia Popular do Brazil - 1879-1880, - Rio de Janeiro - 1888. Na postagem de 2013 conservei a grafia original, inclusive nas notas. Agora atualizei (apenas) a grafia.

Confira no Brazil de ontem os reflexos no Brasil de hoje na primeira de duas interessantes postagens: Orações, Rezas e Benzimentos.



Orações, Rezas e Benzimentos
Silvio Romero

p.22/24 (...) A propósito de moléstias revelam-se algumas muito interessantes. Quase todas as doenças para o povo vêm a ser: a espinhela caída, o flato e o feitiço.
Curam todas com benzeduras, ou promessas a santos.
A espinhela caída é um incômodo do estômago ou da parte posterior do esterno, que o povo conhece e descreve. O modo de a curar é sujeitar-se o paciente a que um curandeiro o benza com as seguintes palavras que pude obter não sem dificuldade:

“Espinhela caída,
Portas para o mar;
Arcas, espinhelas,
Em teu lugar!...
Assim como Cristo,
Senhor Nosso, andou
Pelo mundo, arcas,
Espinhelas levantou.”

Fazem-se cruzes nos pulsos, estômago e costelas.
O flato são fenômenos nervosos também curados com rezas. O feitiço é coisa que dizem ser feita por alguém.
Para fazer sair uma espinha da garganta, a reza é esta:

“Homem bom,
Mulher má,
Casa varrida,
Esteira rota;
Senhor São Braz
Disse a seu moço
Que subisse ou descesse
A espinha do pescoço.”

Para o soluço deve o paciente munir-se de um copo d'agua e perguntar:

“Que bebo?
Curandeiro Água de Cristo,
Que é bom pra isto.”

Três vezes se repete a pergunta e outras tantas a resposta.

Para o cobrelo (cobreiro chama-lhe o povo) estabelece-se entre o doente e o benzedor o seguinte dialogo:

“- Pedro, que tendes?
- Senhor, cobreiro.
- Pedro, curai.
- Senhor, com que?
- Águas das fontes,
Ervas dos montes.”

Quanto ao mal de baço proveniente de sezões, o povo costuma a cortar a dureza. O método consiste em colocar o doente um pé sobre uma folha de bananeira ou sobre o capim pé de galinha e o curandeiro ir com uma faca marcando a configuração do pé, e perguntando: “O que corto?” Ao que responde o doente: “Baço, dureza, obstrução.” Isto, três vezes, findo o que o capim ou o pedaço da folha de bananeira recortada na forma do pé é cozido em um breve, que é posto ao pescoço do enfermo. Quando a folha secar, desaparecerá a dureza.
Também acreditam no mau olhado e quebranto. Certas moléstias da cabeça dizem ser o sol, a lua ou as estrelas que entraram na cabeça do padecente. O modo de as medicar é: colocar uma toalha dobrada sobre o crânio do indivíduo afetado e sobre a toalha um copo com água emborcado. A reza que acompanha esta operação, que para mim é uma reminiscência da trepanação pre-histórica, segundo a descreve Broca, é a seguinte: “Jesus Cristo nasceu, Jesus Cristo morreu, Jesus Cristo ressuscitou. Se estas três palavras são verdadeiras, vos farão sarar desta enfermidade.” Segue-se o credo. Repetem-se três vezes a oração e o credo.
Depois se oferece. O oferecimento é este: “Ofereço este benzimento à sagrada paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.” Depois repete-se o Bendito e o Em nome do Padre, do Filho e do Espirito Santo três vezes.
Para o veneno da cobra existe o fechamento do corpo, que é uma oração que se traz ao pescoço. Também serve para preservar de faca de ponta e tiro de bala.
Quando cai um argueiro no olho de alguém, reza-se:

“Corre, corre, cavaleiro
Vai na porta de São Pedro
Dizer a Santa Luzia
Que me mande seu lencinho
Para tirar este argueiro.”

           
*
Ilustração de Joba Tridente - 2015

           
Sylvio Vasconcelos da Silveira Ramos Roméro (Lagarto, 21.04.1851 -18.06.1914): escritor, ensaísta, crítico literário, professor, filósofo. Roméro foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1897 e escreveu para diversos jornais.  Sylvio Roméro Silvio Romero) é autor de: A poesia contemporânea e a sua intuição naturalista (1869); Contos do fim do século (1878); A filosofia no Brasil (1878); A literatura brasileira e a crítica moderna (1880);  Cantos Populares do Brasil - vol. 1 e 2 (1883); Contos Populares do Brasil (1885); História da literatura brasileira, 2v. (1888); A poesia popular no Brasil (1880);  Compêndio da História da Literatura Brasileira (1906). Informações sobre a edição: Portal Brasiliana USP.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Machado de Assis: O casamento do diabo

..., ao acompanhar uma postagem do escritor Carlos Alberto Verçosa, no Facebook, compartilhando acesso ao acervo disponibilizado gratuitamente pela Biblioteca do Senado, encontrei no link Obras Raras, esta maliciosa pérola do mestre Machado de Assis: O casamento do diabo, em duas versões: manuscrita e transcrita. O poema de Machado de Assis foi publicado anonimamente na Semana Ilustrada, em 29 de março de 1863.


                              
O casamento do diabo
(Imitado do allemão)

Satan teve um dia a idéa
De casar. Que original:
Queria mulher não feia
Virgem corpo, alma leal.

Toma um conselho de amigo
Não te cases, Belzebú;
Que a mulher, como ser humano,
É mais fina do que tu.

Cortou unhas, cortou rabo,
Cortou as pontas, depois
Sahio o nosso diabo,
Como o heroe dos heroes.

Toma um conselho de amigo
Não te cases, Belzebú;
Que a mulher, como ser humano,
É mais fina do que tu.

Casar era a sua dita;
Corre0 por terra e por mar,
Encontrou mulher bonita
E tratou de a sequestrar

Toma um conselho de amigo
Não te cases, Belzebú;
Que a mulher, como ser humano,
É mais fina do que tu.

Elle quis, ella queria
Poseram mão sobre mão,
E na melhor harmonia
Verificou-se a união.

Toma um conselho de amigo
Não te cases, Belzebú;
Que a mulher, como ser humano,
É mais fina do que tu.

Passou-se um anno, e ao diabo
Não se cresceram por fim,
Nem as unhas, nem o rabo...
Mas as pontas, essas sim...

Toma um conselho de amigo
Não te cases, Belzebú;
Que a mulher, como ser humano,
É mais fina do que tu.

*
Ilustração de Joba Tridente.2015


 Joaquim Maria Machado de Assis (RJ, 1839-1908), escritor, dramaturgo, jornalista, crítico literário, cofundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, onde se encontra farto material biográfico sobre o autor.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Valêncio Xavier: Uma Releitura da Via-Sacra


No ano 2000, recebi do então editor de cultura José Carlos Fernandes, do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, um convite desafiador: realizar um trabalho plástico para ilustrar a releitura da Via-Sacra feita pelo escritor e cineasta Valêncio Xavier (1933-2008).

Bem, para mim, um livre pensador que já teve censurada a exposição Sagrados e Profanos, por conta da catarse sobre religião e política, foi um convite inusitado. Todavia(crucis), como tinha liberdade para abordar o tema, aceitei. Trabalhei um bom tempo entre pesquisa e realização, optando por uma técnica de recortes (utilizando uma grande variedade de papel) e sobreposição tridimensional.

Em 2011 fiz uma postagem da Via-Sacra, mas sem o texto contemporâneo de Valêncio Xavier. Esta é a reedição da publicação completa feita em 2014. Como não tenho as fotos originais do jornal, fotografei as artes com uma câmera simples e a qualidade (com os cortes) não está das melhores, mas queria aproveitar o momento. Quanto ao foco da minha releitura da Via-Dolorosa, publicada na Sexta-Feira, 21 de Abril de 2000, que cada um se deixe enredar pela coroa de espinhos e tire a sua própria conclusão.


Uma Releitura da Via-Sacra
texto de Valêncio Xavier
ilustração de Joba Tridente
21.04.2000



Jesus é condenado à morte
Jesus aceita com submissão e amor a sentença que O condena, pois foi pela sua morte que Ele nos deu a Redenção, e impediu a morte de nossa alma.




Jesus recebe a cruz
Sem reclamar, Jesus recebe sobre seus ombros o peso esmagador da cruz: o peso de teus pecados e todas as misérias do mundo e o desamor dos seres humanos uns pelos outros.




Jesus cai pela primeira vez
O peso da cruz aumenta a cada passo. Seu corpo está coberto pelo sangue derramado nas guerras infindas dos homens contra os homens. Ele perde suas forças e cai por terra, pela Terra.




Jesus encontra-se com sua mãe
Jesus encontra-se com Maria, sua mãe. Mãe e filho se abraçam em meio à dor. A Terra é nossa mãe, vamos nos abraçar a ela e impedir que filhos ingratos destruam seus rios, suas matas, sua vida.




Simão Cirineu ajuda Jesus
Jesus, na sua humildade, aceita que um humilde homem do povo o ajude a carregar a cruz ao cimo do Monte Calvário. Ajudemos a carregar a pesada cruz dos homens do povo sem emprego.




A Verônica enxuga o rosto de Jesus
Uma mulher enfrenta os ferozes guardas e enxuga o sangue de Jesus. No lenço fica impresso o rosto de Jesus sofredor. Em tua alma está impresso o sofrimento das mulheres por seus filhos sem escola, sem médicos?




Jesus cai pela segunda vez
Sob o peso da cruz, Jesus cai outra vez. Mas a força de seu amor pela humanidade o faz levantar-se e seguir rumo ao Calvário. Nós podemos ajuda-lo a levantar-se, ajudando a levantar os caídos pelo peso das drogas e da aids.




Jesus consola as mulheres
Jesus esquece seus sofrimentos para consolar as mulheres que choravam. Ele fez isso para que não esqueças o sofrer das mulheres que fazem trabalhos acima das suas forças e ganham menos do que merecem.




Jesus cai pela terceira vez
A humilhação pelo peso redobrado dos pecados do mundo faz Jesus cair sob o peso esmagador da cruz ao chegar ao Calvário. E quantos de nós somos esmagados por leis injustas ou pela falta de leis que nos protejam da corrupção que corrói o país?




Jesus é despido
Jesus é humilhado na sua divindade e nos seus direitos humanos ao ser despojado de suas vestes. Nós devemos nos sentir humilhados ao ver os direitos humanos de nossos semelhantes serem negados, e devemos lutar contra isso.




Jesus é pregado na cruz
Os pregos ferem a carne de Jesus e a tortura continua com a cruz levantada e os soldados ferindo-O com suas lanças. A tortura de inocentes prossegue em muitas partes do mundo. Cabe a nós lutarmos contra isso.




Jesus morre na cruz
O véu de Templo rasgou-se ao meio e Jesus exclamou num grito: “Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito!”, e morreu por nós. Quantos de nós estamos morrendo de fome, frio, e em guerras e por mãos criminosas? O que faremos para cessar essas mortes?




Maria recebe Jesus morto
Não existe dor maior que a de uma mãe receber nos braços o seu filho morto. E que podemos fazer pelas mães que têm seus filhos mortos por traficantes de drogas, por desmandos da polícia e por falta de segurança no país?




Jesus é sepultado
Jesus morto nos deu a vida verdadeira. Seu sepulcro foi o caminho da ressurreição e nos céus velará por nós e nos dá a esperança de que, aqui na Terra, alguém há de velar por nós.




Ressurreição


Valêncio Xavier (1933-2008): jornalista, escritor, cineasta. Entre suas obras mais importantes estão os livros: Desembrulhando as Balas Zequinha (1973); Mez da Gripe (1981); O Mistério da Prostituta Japonesa & Mimi-Nashi-Oichi (1986); Minha Mãe Morrendo e o Menino Mentindo (2001), Crimes à Moda Antiga (2004)..., e os filmes: A Visita do Velho Senhor; Carta a Fellini; O Pão Negro - Um episódio da Colônia Cecília. Para mais informações sugiro a leitura do artigo As Muitas Vidas de Valêncio Xavier no portal Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro.

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