As Três
Verdades do Barqueiro (*)
Esta frase encontra-se explicada no seguinte
conto:
Chegou um homem à margem de um rio, e não tendo
dinheiro para pagar ao barqueiro, que havia de transportá-lo para a margem
oposta, combinou com este que ele o passasse na barca, mediante a relação das
três verdades do barqueiro, verdades que este ignorava. A meio da travessia
disse-lhe a primeira: o pão duro, duro,
duro, mais vale duro que nenhum; passado um pedaço, disse-lhe a segunda, sapato roto, roto, roto, mais vale no pé,
quê na mão.
- E a terceira? perguntou o barqueiro, quando o
narrador acabou de desembarcar.
- A terceira, respondeu este, é: se a todos passares pelo preço porque me
passaste, para que estás aqui?
Ilustração de Joba Tridente - 2012
(*) Eu conheço
esta parábola há muito tempo, mas não a autoria. Pelo estilo acredito que faça
parte da cultura Grega ou Indiana. Reencontrei o texto publicado no Almanach de
Porto Alegre de 1920.
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