segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Poesia Aleatória - 3



Há 15 anos criei a Oficina de Poesia Aleatória, que venho orientando em Bibliotecas e Projetos Culturais. As poesias produzidas pelos oficinandos são publicadas em edição dos autores e (também) em versão PDF. Estas primeiras postagens são criações de estudantes (entre 10 e 17 anos) e foram realizadas durante o Projeto Educação Com Ciência, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Ponta Grossa - Agosto de 2006.


O mundo vai acabar!
Hummmmmm!
Estão voltando a falar dos brasileiros

Luana Schoel
Escola Estadual Olívio Belich - Porto Amazonas-PR


Polaco
Até o meio do Atlântico, saudade!
Depois, esperança!

Gilvonei Jacuboski
Colégio Estadual Professor Argemiro Luiz de Lima - São José do Triunfo-PR


O primeiro amor
É como um banho de chuva

Camila Flávia Moreira
Colégio Estadual Maria Anésia Dias - São José da Boa Vista - PR


O primeiro amor é uma imagem em cinco minutos
Mas é a toda velocidade

Tarcila Bueno
Escola Estadual Nicolau Hampf - Castro - PR

Ilustração de Joba Tridente

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Poesia Aleatória - 2



Há 15 anos criei a Oficina de Poesia Aleatória, que venho orientando em Bibliotecas e Projetos Culturais. As poesias produzidas pelos oficinandos são publicadas em edição dos autores e (também) em versão PDF. Estas primeiras postagens são criações de estudantes (entre 10 e 17 anos) e foram realizadas durante o Projeto Educação Com Ciência, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Ponta Grossa - Agosto de 2006.

Imagine o futuro
Como um amigo novo
Ou uma criança bonita

Aline Lucy da Rosa
Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima - Telêmaco Borba - PR


Para quem quer príncipes,
cavaleiros educados, criativos e engraçados
o melhor é uma orientação de época

Aline Gonçalves Antunes dos Santos
Escola Estadual Pedro Grzelczaki - Ponta Grossa - PR

ilustração de Joba Tridente.2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Poesia Aleatória - 1



Há 15 anos criei a Oficina de Poesia Aleatória, que venho orientando em Bibliotecas e Projetos Culturais. As poesias produzidas pelos oficinandos são publicadas em edição dos autores e (também) em versão PDF. Estas primeiras postagens são criações de estudantes (entre 10 e 17 anos) e foram realizadas durante o Projeto Educação Com Ciência, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Ponta Grossa - Agosto de 2006.

Um pote de sorvete
Na primavera
É como peixinhos
A toda velocidade
Na cerveja gelada

Marilei da Silva Kaujon
Colégio Estadual Calógeras - Arapoti-PR


Você é meu super-herói
O meu rei encantado
Mas, na verdade,
Você é apenas um ser humano

Daiane Alves
Escola Estadual Rodolfo Inácio Pereira - Pinhalão-PR

ilustração de Joba Tridente.2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Helena Kolody - 100 Anos



Em 2012 a poeta Helena Kolody (1912 – 2004) completaria 100 anos. Nome ímpar no meio literário curitibano, a eterna professora, cidadã honorária de Curitiba, tema de mestrado, surpreende quem a lê pela primeira vez ou a relê pela enésima. Neste ano, em homenagem a esta singela mulher das letras, vou publicar alguns dos seus mais belos poemas.

     “Nasci no dia 12 de outubro de 1912, no núcleo colonial de Cruz Machado, em pleno sertão paranaense. Eram 8 horas da manhã de um dia de sol e geada.
     Meus pais eram ucranianos, que se conheceram e casaram no Paraná. Eu sou a primogênita e a 1ª. brasileira de minha família.
     Miguel Kolody, meu pai, nasceu na parte da Ucrânia chamada Galícia Oriental, em 1881. Tendo perdido o pai na grande epidemia de cólera que assolou a Ucrânia em 1893, Miguel, no ano seguinte, emigrou para o Brasil com a mãe e os irmãos.
     Mamãe, cujo nome de solteira era Victoria Szandrowska, também nasceu na Galícia Oriental, em 1892. Veio para o Brasil em 1911.
     Vovô radicou-se em Cruz Machado, onde papai trabalhava. “Seu” Miguel conheceu a jovem Victoria e apaixonou-se por ela. Casaram-se em janeiro de 1912.
     Estava escrito o primeiro capítulo da minha história.” 


Abismal - 1941

Meus olhos estão olhando
De muito longe, de muito longe
Das infinitas distâncias
Dos abismos interiores.
Meus olhos estão a olhar do extremo longínquo
Para você que está diante de mim.
Se eu estendesse a mão, tocaria a sua face.
Mas os cinco dedos pendem como um lírio murcho
Ao longo do vestido.

Aqui tudo é leve, silencioso, indefinido,
Imóvel.
Não tenho mais limites.
Tornei-me fluida como o ar.
Seus olhos têm apelos magnéticos,
Mas estou abismada
Em profundezas infinitas.

ilustração: Joba Tridente - 2012

Joba Tridente: Poesia Visual - 3

ilustração de Joba Tridente: Poesia Visual 3 - Palavras

Esta série de Poesia Visual é das décadas de 1980/1990. Faz parte do livro: Exercícios Poéticos.


palavras
contidas
verde
amarelo
azul
preto
rosa
branco
palavras
com tintas


poesia e ilustração: Joba Tridente

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Joba Tridente: Poesia Visual - 2

ilustração de Joba Tridente: Dogma - Poesia Visual 2 - FA

Esta série de Poesia Visual é das décadas de 1980/1990. Faz parte do livro: Exercícios Poéticos.

2
DOGMA
DOGMAN
DOGMAU

poesia e ilustração: Joba Tridente

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Joba Tridente: Poesia Visual - 1

ilustração de Joba Tridente - Poesia Visual 1: ARDESOL

Esta série de Poesia Visual é das décadas de 1980 e 1990 e faz parte do livro: Exercícios Poéticos.

1
(na)praia
tARdesol
tarDEsol
tardeSOL
(e)nada(+)

poesia e ilustração: Joba Tridente

domingo, 8 de janeiro de 2012

Mika Waltari: O Egípcio, O Etrusco e O Romano


Li O Egípcio, O Etrusco e O Romano, de Mika Waltari (1908 - 1979), em sequência. Estes três envolventes romances históricos que falam de religião e política, paixão e sexo, traição e guerra, em épocas e governos “diferentes”, chamam a atenção por outro ponto em comum: seus personagens (protagonistas e coadjuvantes) são pessoas extremamente ordinárias. Uma gente meio (ou totalmente) sem caráter, sem ética, “sem pai nem mãe”. Donos de um passado desconhecido, mas “nobre”, estão sempre dispostos a levar vantagem (e conseguem) em tudo o que se metem, (principalmente na espionagem) a serviço de faraós, reis, imperadores, sem importar se as informações (colhidas) são cruciais para a submissão e ou extermínio de povos que acreditam na sua amizade. Ou ainda resultar na morte de seus próprios familiares. Ocupados em ficar ricos, se isentam de qualquer culpa e ou arrependimento pelos seus abomináveis feitos (a serviço dos déspotas), creditando-os à busca de conhecimento.

Narrando sempre na primeira pessoa, Mika nos conta a história de seus personagens-título através da autobiografia que cada um está escrevendo para justificar seus atos infames. Através de um texto perspicaz, vamos aos poucos descobrindo a personalidade (perturbada) de cada anti-herói e nos enredando em sua trama por vezes indigesta e sem saída. Cândidos no fim, os carreiristas Sinuhe (o egípcio), Turms (o etrusco), e Minuto (o romano), trágicos e românticos na sua depravação, detêm-se nas minúcias ao relatar uma vida atribulada e pouco invejável. Preconceituosos e irresponsáveis, egoístas e egocêntricos, desvelam ganhos e perdas de valiosos bens e de mulheres (tão podres quanto eles). Tamanha é a covardia de cada um que dificilmente o leitor será simpático à sua “causa” (e ou dor), e tampouco conseguirá parar de acompanhar as suas sagas repletas de reviravoltas, para ver até onde irão, na ânsia de atingir os seus propósitos.

Dos personagens coadjuvantes: o esperto escravo Kaptah (que resgata a dignidade ultrajada de Sinuhe), o espartano Doro (traído pelo ambicioso Turms), e o imperador Nero (enaltecido pelo avarento Minuto), o melhor e mais fascinante deles é Doro que, infelizmente, (mesmo sendo mais interessante que Turms) “desaparece” no meio da narrativa. É um personagem tão cativante e intenso que a sua breve vida merecia um livro próprio. O Etrusco, pela luminosidade, ritmo, ação e aventura com boa dose de humor, é o meu favorito. Também porque me pareceu menos (explicitamente) violento que O Egípcio e O Romano. A beleza de O Etrusco é comparável à fabulosa obra da escritora inglesa Mary Renault (1905 - 1983), autora de excepcionais romances históricos que se passam na Grécia antiga. Como não li as obras de Mika Waltari no original finlandês e muito menos a versão inglesa que deu origem à tradução brasileira, não posso precisar a ausência de humor em O Romano, já que O Egípcio ainda tem alguma graça nas armações do interesseiro Kaptah. Acredito, porém, que o foco religioso destes dois fantásticos livros contribui para o seu clima mais obscuro, mas não menos interessante.

Assim como os personagens gregos de Renault, Sinuhe, Turms e Minuto não são caricatos. Longe disso, são mais tangíveis que os transeuntes, políticos, religiosos que esbarramos por aí. E, com certeza, mais humanos do que a maioria deles. Sempre acreditei que quando não se pode ler o original, deve-se sempre duvidar das traduções, por melhores que sejam. No entanto, sem parâmetro comparativo, acatei com prazer estas edições da Itatiaia, mesmo com alguns problemas ortográficos. Enfim, o que me surpreendeu neste primeiro contato com a narrativa de Waltari foi o seu subtexto, o emprego da metalinguagem no tratamento “histórico” da “História”. Exemplifico com esta passagem, em O Romano (página 450), onde o filósofo Sêneca, em conversa com Minuto Lauso Maniliano, faz a seguinte consideração:

“- Dir-te-ei a mesma coisa que procurei incutir no espírito de Nero. Pode uma pessoa esconder por algum tempo, com dissimulação e subserviência, as suas características reais. Mas, no fim, o ato é sempre descoberto e a pele de ovelha de desprende do lobo. Nero tem sangue de lobo nas veias, por mais ator que seja. Tu também tens, Minuto, mas de um lobo mais covarde.” Mika Waltari. O Romano. 2ª. Edição. Editora Itatiaia Limitada. 1980. Tradução José Laurênio de Melo. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Joba Tridente: Meio

ilustração de Joba Tridente - Poesia Meio - Falas ao Acaso

INDO
QUERO
TE
OUVIR
VER
TE
QUERO
VINDO

Paraná Interior. Joba Tridente. 2000
ilustração de Joba Tridente - 2011
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