quinta-feira, 30 de novembro de 2017

William Blake: Alegria Infantil e A Mosca


WILLIAM BLAKE
entre a Inocência e a Experiência

Alguns autores são tão incandescentes que é praticamente impossível classificá-los. É o caso do inglês William Blake: escritor, tipógrafo, artista gráfico, gravurista, ilustrador, artista plástico..., cujas obras, literalmente fantásticas, trazem resquícios do iluminismo (1650-1800) e vão do romantismo ao simbolismo. Sem se ocupar muito com os “ismos” de sua época, Blake, além da originalidade plástica e literária, foi um artista coerente com sua visão político-social e religiosa, mesmo diante das adversidades profissionais que o mantiveram praticamente na linha da pobreza até o fim da vida. 

Neste mês de novembro de 2017, que marca 260 anos de nascimento de William Blake (Londres: 28.11.1757), que morreu há 190 (Londres: 12.08.1827), estou publicando, em sua homenagem, alguns poemas (em inglês, português e espanhol) do seu notável livro Canções de Inocência (1789) e Canções de Experiência (1794). A luz e a sombra no caminho das crianças de ontem e de hoje.


Cada postagem (28, 29 e 30 de novembro) traz dois poemas de Blake relacionados à inocência (luz) e à experiência (sombra): "Os dois Estados contrários da Alma Humana". As ilustrações são fac-símiles das publicações originais. Na montagem gráfica, acima, William Blake em autorretrato (fiz as montagens dos retratos e ilustrações das três publicações utilizando material disponibilizado na web). 

Você, que anteriormente conheceu as impressionantes versões de O Limpador de Chaminés, a doçura de O Cordeiro e a ferocidade de O Tigre, hoje compreende o valor da felicidade em Alegria Infantil e a dimensão da dor em A MoscaAlgumas traduções me tocam mais que outras..., por uma palavra, uma métrica, uma rima exata. Assim escolhi as versões de Paulo Vizioli (em William Blake: poesia e prosa selecionadas, ed. Nova Alexandria, 1993) e de Nicolás Suescún Peña (em Canciones de inocência y de experiência, ed. epulibre), para o poema Alegria Infantil. Em seguida, José Paulo Paes (em Gregos & Baianos - Ensaios. ed. Brasiliense, 1985) e Pablo Mañé Garzón (em William Blake - Obra poética - ed. 69, 1980) para o poema A Mosca. O contraponto (de luz e sombra) destes dois poemas, para a publicação, é meu.


                  

INFANT JOY
William Blake in Songs of Innocence

“I have no name: 
I am but two days old.”
What shall I call thee? 
“I happy am, 
Joy is my name.”
Sweet joy befall thee! 

Pretty joy! 
Sweet joy but two days old, 
Sweet joy I call thee:
Thou dost smile,
I sing the while, 
Sweet joy befall thee!


ALEGRIA INFANTIL
William Blake em Canções da Inocência
tradução: Paulo Vizioli²

“Não tenho nome,
Tenho apenas dois dias.”
Que nome então irei dar-te?
“Eu sou feliz,
Já isso o diz.”
Seja alegria a tua parte!

Bela alegria,
Doce alegria, de apenas dois dias!
Alegria irei chamar-te.
Sorris enquanto
Feliz eu canto:
Seja alegria a tua parte!


ALEGRÍA INFANTIL
William Blake: Canciones de Inocencia
traducción: Nicolás Suescún Peña³

«No poseo nombre:
pero nací hace dos días».
¿Cómo te llamaré?
«Soy feliz,
me llamo alegría».
¡Que el dulce júbilo sea contigo!

¡Bonita alegría!
Dulce alegría, de apenas dos días,
te llamo dulce alegría:
así tú sonríes,
mientras yo canto.
¡Que el dulce júbilo sea contigo!



                  

THE FLY
William Blake in Songs of Experience

Little Fly,
Thy summer’s play
My thoughtless hand
Has brushed away.

Am not I
A fly like thee?
Or art not thou
A man like me?

For I dance
And drink, and sing,
Till some blind hand
Shall brush my wing.

If thought is life
And strength and breath
And the want
Of thought is death;

Then am I
A happy fly,
If I live,
Or if I die.


A MOSCA
William Blake em Canções da Experiência
Tradução: José Paulo Paes⁴

Pequena Mosca,
Teus jogos de estio
Minha irrefletida
Mão os destruiu.

Pois como tu,
Mosca não sou eu?
E não és tu
Homem como eu?

Eu canto e danço e
Bebo, até que vem
Mão cega arrancar-me
As asas também.

Se é o pensamento
Vida, sopro forte,
E a ausência do
Pensamento morte,

Então eu sou
Uma mosca travessa,
Mesmo que viva
Ou que pereça.


LA MOSCA
William Blake em Canciones de Experiencia
traducción: Pablo Mané Garzón⁵

Pequeña mosca,
tus juegos veraniegos
mi atolondrada mano
se ha llevado.

¿No soy yo
una mosca como tú?
¿No eres tú
un hombre como yo?

Pues bailo
y bebo y canto
hasta que alguna mano ciega
se lleva mis alas.

Si el pensamiento es vida
y fuerza y aliento
y el carecer
de pensamiento es muerte,

soy
una mosca feliz
así viva
o muera.


1. William Blake (1757-1827) foi escritor, tipógrafo, artista gráfico, gravurista, ilustrador, artista plástico. Há farto material (principalmente em inglês) na web: como biografia e obras, ensaios críticos sobre a produção literária e plástica deste humanista genial. Recomendo: William Blake Archive-1; William Blake Archive-2; William Blake Archive-3; Poetry FoundationA cidade de Londres nas canções da experiência de William Blake (Flavia Maris Gil Duarte); Romantismo Inglês; Templo Cultural Delfos: William Blake - o poeta visionário. William Blake é autor de: Poetical Sketches (1783); There is no Natural Religion (1788); All Religions Are One (1788); Songs of Innocence (1789); Book of Thel (1789); The French Revolution: A Poem in Seven Books (1791); Ilustrações para Original Stories from Real Life, de Mary Wollstonecraft (1791); A Song of Liberty (1792); The Marriage of Heaven and Hell (1793); Visions of the Daughters of Albion (1793); America, A Prophecy (1793); Songs of Experience (1794); Songs of Innocence and of Experience (1794); Europe, a Prophecy (1794); The Book of Urizen (1794); The Song of Los (1794); The Book of Ahania (1795); The Book of Los (1795); Ilustrações para Night Thoughts, de Edward Young (1797); Milton (1804); Ilustraçõe do livro The Grave, de Robert Blair (1808);Everlasting Gospel (1818); Jerusalem (1820); The Ghost of Abel (1822); Ilustrações para Dante's Divine Comedy (1825); ilustrações para O livro de Jó (1826). Fonte Bibliográfica: Wikipédia.

2. Paulo Vizioli (Piracicaba-SP: 19/07/1934 - Borgo San Lorenzo/Itália: 09/10/1999). Foi professor de literatura americana e inglesa da USP, crítico literário e tradutor de autores como William Blake, W. Wordsworth; S. T. Coleridge, Oscar Wilde, Alexander Pope; John. Donne, Geoffrey Chaucer, W. C. Williams. Vizioli foi premiado com o Jabuti (1994) pelo livro William Blake: poesia e prosa selecionadas/edição bilíngue.

3. Nicolás Suescún Peña (Bogotá (Colômbia): 05/05/1937-14/04/2017) foi escritor de prosa e verso, jornalista, professor, artista gráfico, artista plástico. Dirigiu a revista literária Eco e foi chefe de redação da revista Cromos, onde publicou artigos sobre política internacional. Traduziu, entre outros, Ambrose Bierce, Anne Marie Garat, Arthur Rimbaud, Christopher Isherwood, Gustave Flaubert, Honore de Balzac, Jaime Manrique, Robert Louis Stevenson, Stephen Crane, Wade Davis, William Blake, William Butler Yeats, William Shakespeare, William Somerset Maugham. É autor de contos: El retorno a casa (1971); El último escalón (1974); El extraño y otros cuentos (1980); Oniromanía (1996); de poemas: La vida es (1986); Trés a.m. (1986); La voz de nadie (2000); Bag bag (2003); Este realmente no es el momento (2007); Empezar en cero (2007); Jamás tantos muertos y otros poemas (2008); de novelas: Los cuadernos de N (1994); Opiana (2015).

4. José Paulo Paes (Taquaritiga-SP: 22/07/1926 – São Paulo-SP: 09/10/1998): escritor de verso e prosa, tradutor, crítico literário e ensaísta brasileiro. Morou e estudou em Curitiba, onde colaborou com a revista literária Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. Em 1947 lançou O Aluno, seu primeiro livro. Colaborou com poemas e artigos para o Jornal Notícias, O Tempo, Revista Brasiliense, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo. Foi secretário da Associação Brasileira de Escritores e diretor da Editora Cultrix. Traduziu William Blake, Charles Dickens, Joseph Conrad, Konstantinos Kaváfis, Lawrence Sterne, Lewis Carrol, Pietro Aretino, W. H. Auden, William Carlos William, J.K. Huysmans, Paul Éluard, Hölderlin, Paladas de Alexandria, Edward Lear, Rilke, Seféris, Ovídio. José Paulo Paes é autor, entre outros, de: Cúmplices (1951), Novas Cartas Chilenas (1954), Epigramas (1958); Anatomias (1967), Meia Palavra (1973), Resídua (1980), É Isso Ali (1984),  Gregos e Baianos (1985), A Poesia Está Morta Mas Juro Que Não Fui Eu (1988), Poemas para Brincar - 1990, Prosas Seguidas de Odes Mínimas (1992), A Meu Esmo (1995), Um Passarinho Me Contou (1996), Poesia Para Crianças (1996), A Revolta das Palavras (1999) , Ri Melhor Quem Ri Primeiro (1999), O Lugar do Outro (1999), Socráticas (1999). 

5. Pablo Mañé Garzón (Montevideo (Uruguai): 21/01/1921 - Barcelona (Espanha): 20.12.2004). O pintor, escritor e tradutor uruguaio viveu na França de 1933 a 1939. Garzón estudou em Paris, onde conheceu a arte vanguardista, e foi discípulo do escultor, pintor e crítico de arte André Lhote (1885-1962). No retorno ao Uruguai se especializou em crítica de musical e de artes plásticas e, a partir de 1956, foi colaborador do semanário Marcha e do diário El País e expôs suas obras em Montevideo, Buenos Aires e São Paulo. Doutor em Direito e Ciências Sociais, pela Universidad de la República Oriental del Uruguay, não abandonou as artes plásticas, mas começou a questionar pintura política e socialmente. Em 1969 se mudou para Barcelona e em 1972 expôs na Sala Gaudí. Fundou a Academia de Pintura e Desenho, em Mataró, em 1973. Por essa época divide-se entre as artes plásticas (expôs em Barcelona, Madrid, Sevilla, Bilbao, Valladolid, Palma de Mllorca) e as traduções de poetas clássicos e românticos, como William Shakespeare, Walt Whitman, William Blake Edgar Allan Poe, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine, Yukio Mishima, H. D. Lawrence. Pablo Mañé Garzón, que tem obras de artes plásticas no Museo Nacional de Artes Visuales de Montevideo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museo de Arte de Toledo, em coleções do Banco de España e Banco de Sabadell, é autor da novela El Rey Arturo y los Caballeros de La Tabla Redonda (1990).

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

William Blake: O Cordeiro e O Tigre


WILLIAM BLAKE
entre a Inocência e a Experiência

Alguns autores são tão incandescentes que é praticamente impossível classificá-los. É o caso do inglês William Blake: escritor, tipógrafo, artista gráfico, gravurista, ilustrador, artista plástico..., cujas obras, literalmente fantásticas, trazem resquícios do iluminismo (1650-1800) e vão do romantismo ao simbolismo. Sem se ocupar muito com os “ismos” de sua época, Blake, além da originalidade plástica e literária, foi um artista coerente com sua visão político-social e religiosa, mesmo diante das adversidades profissionais que o mantiveram praticamente na linha da pobreza até o fim da vida. 

Em 2017, quando se comemora 260 anos de seu nascimento (Londres: 28.11.1757) e 190 da sua morte (Londres: 12.08.1827), estou publicando, de 28 a 30 de novembro, poemas (em inglês, português e espanhol) do seu notável livro Canções de Inocência (1789) e Canções de Experiência (1794). A luz e a sombra no caminho das crianças de ontem e de hoje.


Serão dois poemas de William Blake a cada postagem, um relacionado à inocência (luz) e outro à experiência (sombra): "os dois Estados contrários da Alma Humana". As ilustrações são fac-símiles das publicações originais. Na montagem gráfica, acima, William Blake em aquarela de Thomas Phillips (1770-1845)

Ontem você conheceu as duas traduções dos impressionantes poemas O Limpador de Chaminés (El Deshollinador), hoje confere a doçura de O Cordeiro (em Canções de Inocência)...,   nas versões de Adriano Scandolara¹ (em Tigres e Cordeiros de Blake - parte 1 - site escamandro) e de Nicolás Suescún Peña² (em Canciones de inocência y de experiência, ed. epulibre (ano?), e a ferocidade de O Tigre (em Canções de Experiência)..., na visão de José Paulo Paes³ (em Gregos & Baianos - Ensaios. ed. Brasiliense, 1985) e de Pablo Mañé Garzón⁴ (em William Blake - Obra poética - ed. 69, 1980).

                  

THE LAMB
William Blake in Songs of Innocence

Little Lamb, who make thee
Dost thou know who made thee,
Gave thee life, and bid thee feed
By the stream and o’er the mead;
Gave thee clothing of delight,
Softest clothing, wolly, bright;
Gave thee such a tender voice,
Making all the vales rejoice?
Little Lamb, who made thee?
Dost thou know who made thee?

Little Lamb, I’ll tell thee;
Little Lamb, I’ll tell thee:
He is called by thy name,
For He calls Himself a Lamb
He is meek, and He is mild,
He became a little child.
I a child, and thou a lamb,
We are called by His name.
Little Lamb, God bless thee!
Little Lamb, God bless thee!


O CORDEIRO
William Blake em Canções de Inocência
Tradução de Adriano Scandolara²

Cordeiro, quem te fez?
Tu sabes quem te fez?
Deu-te vida & deu repasto
Pelo riacho & sobre o pasto
Deu-te traje em puro agrado
Fofo traje, iluminado;
Deu-te a terna voz que bale,
Alegrando todo o vale?
Cordeiro, quem te fez?
Tu sabes quem te fez?

Cordeirinho, eu te digo,
Cordeirinho, eu te digo:
Pelo teu nome ele atende,
Como Cordeiro se entende.
Ele é de alma calma & mansa;
Ele se tornou criança.
Tu um cordeiro, criança eu,
A atender ao nome seu.
Benza Deus, Cordeirinho!
Benza Deus, Cordeirinho!


EL CORDERO
William Blake: Canciones de Inocencia
traducción: Nicolás Suescún Peña³

¿Quién te hizo, Corderito?
¿Conoces a quien te creó?
¿Quién te dio la vida y te irguió
junto al arroyo y sobre el prado;
te dio un abrigo delicioso,
manto suave, lanoso, brillante;
te dio una voz tan tierna,
que causa regocijo en los valles?
¿Quién te hizo, Corderito?
¿Conoces a quien te creó?

Yo te lo diré, Corderito;
yo te lo diré, Corderito:
es llamado con tu nombre
pues a sí mismo se llama Cordero.
Es manso, y es sutil;
se volvió un niño pequeño.
Yo un niño, y tú un cordero,
nos llaman con el mismo nombre.
¡Que Dios te bendiga, Corderito!
¡Que Dios te bendiga, Corderito!
  


                   

THE TIGER
William Blake in Songs of Experience

Tiger, tiger, burning bright
In the forest of the night,
What immortal hand or eye
Could Frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?

And what shoulder and what art
Could twist the sinews of thy heart?
And, when thy heart began to beat,
What dread hand and what dread feet?

What the hammer? what the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?

When the stars threw down their spears,
And watered heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the lamb make thee?

Tiger, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?


O TIGRE
William Blake em Canções da Experiência
Tradução: José Paulo Paes⁴

O tigre Tigre, Tigre, viva chama
Que as florestas da noite inflama.
Que olho ou mão imortal podia
Traçar-te a horrível simetria?

Em que abismo ou céu longe ardeu
O fogo dos olhos teus?
Com que asas ousou ele o voo?
Que mão ousou pegar o fogo?

Que arte & braço pôde então
Torcer-te as fibras do coração?
Quando ele já estava batendo,
Que mão e que pés horrendos?

Que cadeia? Que martelo,
Que fornalha teve o teu cérebro?
Que bigorna? Que tenaz
Pegou-lhe os horrores mortais?

Quando os astros alancearam
O céu e em pranto o banharam,
Sorriu ele ao ver seu feito?
Fez-te quem fez o Cordeiro?

Tigre, Tigre, viva chama
Que as florestas da noite inflama,
Que olho ou imortal mão ousaria
Traçar-te a horrível simetria?


EL TIGRE
William Blake em Canciones de Experiencia
traducción: Pablo Mané Garzón⁵

Tigre, tigre, que te enciendes en luz
por los bosques de la noche
¿qué mano inmortal, qué ojo
pudo idear tu terrible simetría?

¿En qué profundidades distantes,
en qué cielos ardió el fuego de tus ojos?
¿Con qué alas osó elevarse?
¿Qué mano osó tomar ese fuego?

¿Y qué hombro, y qué arte
pudo tejer la nervadura de tu corazón?
Y al comenzar los latidos de tu corazón,
¿qué mano terrible? ¿Qué terribles pies?

¿Qué martillo? ¿Qué cadena?
¿En qué horno se templó tu cerebro?
¿En qué yunque?
¿Qué tremendas garras osaron
sus mortales terrores dominar?

Cuando las estrellas arrojaron sus lanzas
y bañaron los cielos con sus lágrimas
¿sonrió al ver su obra?
¿Quien hizo al cordero fue quien te hizo?

Tigre, tigre, que te enciendes en luz,
por los bosques de la noche
¿qué mano inmortal, qué ojo
osó idear tu terrible simetría?


Nota: Você encontra diferentes traduções do poema O Cordeiro em Tigres e cordeiros de Blake - parte 1 e do poema O Tigre em Tigres e cordeiros de Blake - parte 2, na revista digital escamandro. Há material bem interessante (em espanhol) sobre William Blake em Club de Pensadores Universales..., e sobre o poema O Tigre, no site Rocko: Calvin, Hobbes & Blake: Después vendrían otros tigres...; no blog Borges todo el año: Blake y Swedenborg; no blog Salvo el Crepúsculo, alguns poemas com Tigre.


1. William Blake (1757-1827) foi escritor, tipógrafo, artista gráfico, gravurista, ilustrador, artista plástico. Há farto material (principalmente em inglês) na web: como biografia e obras, ensaios críticos sobre a produção literária e plástica deste humanista genial. Recomendo: William Blake Archive-1; William Blake Archive-2; William Blake Archive-3; Poetry FoundationA cidade de Londres nas canções da experiência de William Blake (Flavia Maris Gil Duarte); Romantismo Inglês; Templo Cultural Delfos: William Blake - o poeta visionário. William Blake é autor de: Poetical Sketches (1783); There is no Natural Religion (1788); All Religions Are One (1788); Songs of Innocence (1789); Book of Thel (1789); The French Revolution: A Poem in Seven Books (1791); Ilustrações para Original Stories from Real Life, de Mary Wollstonecraft (1791); A Song of Liberty (1792); The Marriage of Heaven and Hell (1793); Visions of the Daughters of Albion (1793); America, A Prophecy (1793); Songs of Experience (1794); Songs of Innocence and of Experience (1794); Europe, a Prophecy (1794); The Book of Urizen (1794); The Song of Los (1794); The Book of Ahania (1795); The Book of Los (1795); Ilustrações para Night Thoughts, de Edward Young (1797); Milton (1804); Ilustraçõe do livro The Grave, de Robert Blair (1808);Everlasting Gospel (1818); Jerusalem (1820); The Ghost of Abel (1822); Ilustrações para Dante's Divine Comedy (1825); ilustrações para O livro de Jó (1826). Fonte Bibliográfica: Wikipédia.

2. Adriano Scandolara (nasceu em 1988) é Bacharel em Letras - Português e Inglês, com ênfase em Estudos da Tradução, pela Universidade Federal do Paraná. Mestre e Doutorando em Letras no programa de Estudos Literários da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência com os temas: poesia, literatura inglesa, romantismo, tradução, mito e filosofia da linguagem. Lançou em 2013 o livro de poemas Lira de Lixo, e em 2017 o experimentalismo poético PARSONA. É colaborador do blog escamandro. Traduziu Oliver Stuenkel, Yaacov Hecht, Percy Bysshe Shelley, John Milton, Marjorie Perloff, Hari Kunzru, Eduardo F. Calcines, R. L. Hunter, William Faulkner, Prof. Hoffman, Robert E. Howard, E.W. Hornung, Henry Rider Haggard, Robert Louis Stevenson, James Joyce, Thomas Wolfe , Samuel Taylor Coleridge, Thomas Peacock, John Ashbery, James Joyce, W. B. Yeats. No site de Adriano Scandolara onde você encontra o link para conferir suas publicações e o currículo Lattes.

3. Nicolás Suescún Peña (Bogotá/Colômbia: 05/05/1937-14/04/ 2017) foi escritor de prosa e verso, jornalista, professor, artista gráfico, artista plástico. Dirigiu a revista literária Eco e foi chefe de redação da revista Cromos, onde publicou artigos sobre política internacional. Traduziu, entre outros, Ambrose Bierce, Anne Marie Garat, Arthur Rimbaud, Christopher Isherwood, Gustave Flaubert, Honore de Balzac, Jaime Manrique, Robert Louis Stevenson, Stephen Crane, Wade Davis, William Blake, William Butler Yeats, William Shakespeare, William Somerset Maugham. É autor de contos: El retorno a casa (1971); El último escalón (1974); El extraño y otros cuentos (1980); Oniromanía (1996); de poemas: La vida es (1986); Trés a.m. (1986); La voz de nadie (2000); Bag bag (2003); Este realmente no es el momento (2007); Empezar en cero (2007); Jamás tantos muertos y otros poemas (2008); de novelas: Los cuadernos de N (1994); Opiana (2015).

4. José Paulo Paes (Taquaritiga-SP: 22/07/1926 – São Paulo-SP: 09/10/1998): escritor de verso e prosa, tradutor, crítico literário e ensaísta brasileiro. Morou e estudou em Curitiba, onde colaborou com a revista literária Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. Em 1947 lançou O Aluno, seu primeiro livro. Colaborou com poemas e artigos para o Jornal Notícias, O Tempo, Revista Brasiliense, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo. Foi secretário da Associação Brasileira de Escritores e diretor da Editora Cultrix. Traduziu William Blake, Charles Dickens, Joseph Conrad, Konstantinos Kaváfis, Lawrence Sterne, Lewis Carrol, Pietro Aretino, W. H. Auden, William Carlos William, J.K. Huysmans, Paul Éluard, Hölderlin, Paladas de Alexandria, Edward Lear, Rilke, Seféris, Ovídio. José Paulo Paes é autor, entre outros, de: Cúmplices (1951), Novas Cartas Chilenas (1954), Epigramas (1958); Anatomias (1967), Meia Palavra (1973), Resídua (1980), É Isso Ali (1984),  Gregos e Baianos (1985), A Poesia Está Morta Mas Juro Que Não Fui Eu (1988), Poemas para Brincar - 1990, Prosas Seguidas de Odes Mínimas (1992), A Meu Esmo (1995), Um Passarinho Me Contou (1996), Poesia Para Crianças (1996), A Revolta das Palavras (1999) , Ri Melhor Quem Ri Primeiro (1999), O Lugar do Outro (1999), Socráticas (1999). 

5. Pablo Mañé Garzón nasceu em Montevideo (Uruguai): 21/01/1921 e morreu em Barcelona (Espanha): 20.12.2004. O pintor, escritor e tradutor uruguaio viveu na França de 1933 a 1939. Garzón estudou em Paris, onde conheceu a arte vanguardista, e foi discípulo do escultor, pintor e crítico de arte André Lhote (1885-1962). No retorno ao Uruguai se especializou em crítica de musical e de artes plásticas e, a partir de 1956, foi colaborador do semanário Marcha e do diário El País e expôs suas obras em Montevideo, Buenos Aires e São Paulo. Doutor em Direito e Ciências Sociais, pela Universidad de la República Oriental del Uruguay, não abandonou as artes plásticas, mas começou a questionar pintura política e socialmente. Em 1969 se mudou para Barcelona e em 1972 expôs na Sala Gaudí. Fundou a Academia de Pintura e Desenho, em Mataró, em 1973. Por essa época divide-se entre as artes plásticas (expôs em Barcelona, Madrid, Sevilla, Bilbao, Valladolid, Palma de Mllorca) e as traduções de poetas clássicos e românticos, como William Shakespeare, Walt Whitman, William Blake Edgar Allan Poe, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine, Yukio Mishima, H. D. Lawrence. Pablo Mañé Garzón, que tem obras de artes plásticas no Museo Nacional de Artes Visuales de Montevideo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museo de Arte de Toledo, em coleções do Banco de España e Banco de Sabadell, é autor da novela El Rey Arturo y los Caballeros de La Tabla Redonda (1990).

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...