quinta-feira, 23 de abril de 2020

Joba Tridente: Catarse Crônica





CATARSE CRÔNICA
Joba Tridente

..., tenho minhas dúvidas sobre o COLAPSO ECONÔMICO DO COMÉRCIO (e da indústria) PÓS-PANDEMIA. ..., basta ver a CORRIDA ENSANDECIDA DAS PESSOAS para COMPRAR QUALQUER COISA DESNECESSÁRIA nesse momento (roupas, calçados, bijuterias, cosméticos etc) assim que QUALQUER LOJA ABRE. ..., os SUGA-GRANA insaciáveis QUEREM VENDER QUALQUER COISA PARA OS (otários) COMPRADORES COMPULSÓRIOS E NEGACIONISTAS (ou não!) que querem mais é gastar o “DINHEIRO QUE NÃO TÊM” COMPRANDO COISAS QUE NÃO PRECISAM para “SALVAR” a economia alheia. ..., para os CIDADÃOS ESPERTOS que conseguiram se infiltrar na fila dos (realmente) necessitados, o R$600,00 VIRÁ EM BOA HORA PARA CONSUMIR BOBAGENS. ..., quando o CORONAVÍRUS FOR DEPOSTO A INDÚSTRIA VOLTARÁ A CONTRATAR SERVIÇAIS POR UM SALÁRIO MENOR (para salvar a indústria) e OS ESCRAVIZADOS VICIADOS NA RELAÇÃO SADOMASOQUISTAS, que acreditam terem nascido e crescido tão somente para usufruir dessa tal felicidade massacrante, trabalharão e trabalhão até o fim dos seus dias pelo prazer de consumir e consumir até o fim dos seus dias. ..., não creio que o HOMEM SERÁ DIFERENTE APÓS O COVID-19, 20, 21. ..., SUBMISSÃO E RAZÃO não estão na mesma LINHA EVOLUTIVA da “raça humana”.

joba.tridente.crônica.ilustração.23.04.2020

Joba Tridente, um livre pensador livre. artesão de imagens e de palavras em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida – Sangue e Titânio (2017); Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre – O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura – 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.



sábado, 11 de abril de 2020

Joba Tridente: Pão de Milho



pão de milho
joba tridente

me ouvindo destrancar a porta, a vizinha destrancou rapidamente também a sua e me perguntou o quê tanto Eu fazia fora de casa em tempos de isolamento social. levei um susto porque não sabia que Eu não parava em casa, com tantas recomendações. disse que teria uma séria conversa e Eu iria entender, de uma vez por todas, que não devia sair de casa descontroladamente. sair só quando necessário. agradeci a prestimosa vizinha, entrei em casa, fechei as três trancas, para o coronavírus não entrar, e comecei a falar. Eu não estava nem aí. ouvia por um ouvido e liberava pelo outro. ameacei até ficar com seu quarteto de chaves e nada. cansado de reclamar, de esbravejar, como se brigasse comigo mesmo, me calei. aí Eu disse: sabe que não conseguia achar fubá de milho em lugar algum? saía não achava. pesquisava e não achava. por fim encontrei na Quitanda do Zé, onde nunca tinha posto o pé (gracejou). gostou do Pão de Milho que fiz especialmente para aquecer a quarentena e degustar com uma xícara de chá de hortelã com erva-doce? emocionado, não soube o que responder. abracei Eu. beijei Eu. agradeci por Eu estar sempre comigo..., zelando por mim, nesses dias tão difíceis em que pipocam vírus fatais, sociais, políticos, religiosos, por tudo quanto é via...

joba.tridente.crônica.ilustração.10.04.2020


Joba Tridente, um livre pensador livre. artesão de imagens e de palavras em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida – Sangue e Titânio (2017); Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre – O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura – 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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