..., ah, Brasil de tantos pecados! ..., dilapidado! ...,
corrompido! ..., estuprado dia e noite por politiqueiros! ..., país das hediondas
causas próprias e imundas calças próprias para o dolo! ..., país das lavagens
cerebrais midiáticas e partidárias! ..., até quando o seu “gigante pela própria natureza” continuará “deitado eternamente em berço esplêndido”? ..., a corda, Brasil!
..., acorda!
..., a cada vez mais indignado com tanta verdade
(2017) ao ..., c.h.ã.o
(2016) e nas m.ã.o.s (2017) e na b.o.c.a (2017) de vadios..., enquanto
a boiada da friboi passa e o povo pasta, piso na bosta espalhada por toda a nação, pelos
irmãos maquiavelhacos batista e seus asseclas...,
para cometer um corte poético de doer no lombo.
irmãos maquiavelhacos
joba.tridente.27.05.2017.cwb.
tudo pode quem é de ley
por mais que apodreça
           carne de boy 
não é carne de cow
vaca crazy de dar dó
                                 lares aos
podres
                                 políticos consumidólares
                                 à la cala-te
homens nus em dietas 
                              noturnas
servem-se de calorias
a gosto conforme o mês
no bom tom dos sussurros
saboreiam uma
a uma as cartas do castelo
onde a sorte não se culpa
em dar espeto ao azar
no turno das facções
girando a roleta 
na mesa frágil das negociações 
                                  soturnas
sangram cartas insalubres
                 no molho parvo
afogam tetinhas macias
               no molho branco
para bocas insaciáveis
na pressa à santa gula
engole-se cururus
como se rã em divino prato
a indigestão não tarda
a revolver o estômago
na confissão do pecado
: é
torto 
o caminho
para a granja
..., e colher ovos em maio
gorados no granjeio
do jaburu depenado 
: é
tosco
tudo pode quem é freeboy 
em terras do norte
tudo arma quem é cowboy
em terras com sorte 
em terras do sul 
onde nem coruja pia
o tormento da velhacaria 
o bobo do corte insiste 
                             : se a carne é forte para quem se alinha
                              : se a carne é fraca para quem galinha
                              : a quem é de ley toda maquiavelice 
                                                 
                     será perdoada?
o bobo da corte insiste
                             : cala-te! por que não te calas? 
                                                                    
por que?
*
joba.tridente.ilustração.27.05.2017
Joba Tridente,
artesão de palavras e imagens em Verso : 25 Poemas  Experimentais (1999); Quase  Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida – Sangue e Titânio (2017); Hiperconexões: Realidade Expandida (2015);
101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo
da minha janela (2014); Ebulição da
Escrivatura - 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos  da História 
Antropofágica e Estapafúrdia  de Um  Índio  Polaco  da Tribo  dos
Stankienambás (2000); Cidades 
Minguantes (2001); O Vazio  no Olho 
do Dragão (2001). Contos , poemas  e artigos 
culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio  Braziliense, Jornal  Nicolau, Gazeta  do Povo ,
Revista  Planeta ,
entre outros.

excelente poesia. Parabéns.
ResponderExcluir..., grato, Fabiano Camargo Sandoval!
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