quarta-feira, 20 de junho de 2018

Joba Tridente: cristalino olhar

Hoje a reflexão bucólica, com pitada de melancolia urbana, se espalha com cristalino olhar (2003), em sua evocação de paraíso perdido...



cristalino olhar
joba tridente

: coração descompassado!

feito céu em outro azul
feito mar em outra cor
feito cinza em outra luz

: espelho refletindo gestos!

no oculto de cada palavra
no grito de cada pausa
no silêncio de cada fala

: topázio varando a fumaça!

feito fungo na rocha
feito miosótis no tronco
feito lembrança na tarde


*
Joba Tridente: Poesia (2003) e Ilustração (2014)

Joba Tridente, artesão de imagens e de palavras em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida – Sangue e Titânio (2017); Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura - 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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