a
excelência da palavra feminina
la
excelencia de la palabra feminina
..., dos primórdios da civilização, ainda não se sabe quem pré-dominava quem. dos primeiros rascunhos da história humana, especula-se um matriarcado..., que não se sabe como teria sucumbido, de corpo e mente, ao predominante patriarcado e sua generalização coletiva do “O”, independente da concordância numérica. porém, é da natureza das coisas terrestres, tudo o que foi ocultado um dia emerge das entranhas do templo humano que cega, que ensurdece, que cala todo verbo divergente. assim, já não surpreende que, em todo canto arredondado do mundo, arqueólogas (os) do conhecimento têm trazido a lume vozes literárias femininas, cuja palavra (outrora cancelada), ao reverberar (hoje) a pertinência das suas dores, angústias e amores, anda fazendo os leitores (e até leitoras!) reverem seus conceitos de leitura.
Lançada recentemente, a Antologia Bilíngue de Poesia Contemporânea Sem Mordaça / Sin Mordaza, com organização, apresentação e tradução de Caridad Atencio e Christina Ramalho une, em edição (PDF) online e gratuita, as vozes insurgentes de 33 escritoras: 17 brasileiras e 16 cubanas. Destas, selecionei sete autoras do Brasil: Aglacy Mary, Ana de Santana, Carmen Moreno, Christina Ramalho, Conceição Evaristo, Eliane Potiguara, elimacuxi, Helena Parente Cunha, Leda Miranda Hühne, Maria Lúcia Dal Farra, Marilia Kubota, Marize Castro, Noelia Ribeiro, Raquel Naveira, Renata de Castro, Rosângela Trajano, Tatiana Pequeno..., e sete autoras de Cuba: Caridad Atencio, Charo Guerra, Dalila León, Dolores Labarcena, Georgina Filomena Herréra Cárdenas, Julia Cabalé, Legna Rodríguez Iglesias, Leyla Leyva Lima, Lina de Feria, Martha Luisa Hernández Cadenas, Maylan Álvarez Rodríguez, Nara Mansur Cao, Teresa Fornaris, Yanira Marimón, Yenys Laura Prieto Velazco, Zurelys López Amaya..., para duas postagens. Uma seleção nada fácil, dada a intensidade poética de cada uma das trinta e três narradoras de diferentes espaços geográficos, gerações literárias, visões estéticas e recortes temáticos.
“A ideia deste livro nasceu no dia 22 de fevereiro de 2019, à tarde, na Casa de Las Américas, em Havana, Cuba, onde ocorria a 29ª. versão do Colóquio Internacional Expectativas, logros y desengaños del nuevo milenio en la historia y la cultura de mujeres latinoamericanas y caribenhas. Naquele dia, na seção de comunicações da parte da tarde, uma poeta e pesquisadora cubana, Caridad Atencio, falava sobre poesia cubana contemporânea de autoria feminina. Entre os/as ouvintes, outra pesquisadora e poeta, a brasileira Christina Ramalho. Quando Caridad Atencio mencionou o fato de estar em processo de organização de uma antologia para reunir a produção sobre a qual falava, enfatizando a questão da violência de gênero, surgiu a proposta de Ramalho: “Por que não um projeto a quatro mãos, envolvendo Cuba e Brasil? (...) Naquele momento, a figura aguda e determinada de Christina Ramalho, poeta e acadêmica brasileira, me ofereceu, com um convite de trabalho em parceria, a possibilidade de realizar tal antologia, que é a que você lerá: um livro sobre poesia contemporânea escrita por mulheres, sobre (e contra) a violência de gênero ou com temática relacionada, em Cuba e no Brasil. (...) Revelam-se, nessas criações, o modo como nos qualificamos juntamente com a forma como somos vistas, formando, talvez, uma bipolaridade perfeita e, às vezes, doentia. Ainda não escapa à afinação, penetração e sensibilidade dessas escritoras o fazer saber que, embora seja a mãe, e muitas vezes também a mulher, uma instituição da família e da casa, ela é considerada um ser de segunda ordem. (...) Com o talento que lhes é próprio, cada uma das poetas, que nos enviou seus textos, borda desenhos dessa realidade. Em alguns casos, a temática da violência de gênero se recolhe de metáforas e de outras figurações sutis. Em outros, retratos do cotidiano deixam escapar marcas das inscrições patriarcais que permanecem em nossa realidade. Em outros ainda, surge o enfrentamento direto – mas esteticamente trabalhado – às situações violentas às quais as mulheres são submetidas.”
“La idea de este libro nació el 22 de febrero de 2019, por la tarde, em la Casa de Las Américas, en La Habana, Cuba, donde tuvo lugar el 29ª. versión del Coloquio Internacional Expectativas, logros y desengaños del nuevo milenio en la historia y la cultura de mujeres latinoamericanas y caribeñas. Ese día, en la sección de comunicaciones de la tarde, una poeta e investigadora cubana Caridad Atencio habló sobre la poesía cubana contemporánea escrita por mujeres. Entre los oyentes estaba, outra investigadora y poeta, la brasileña Christina Ramalho. Cuando Caridad Atencio mencionó el hecho de que estaba comenzando a organizar una antología para reunir la producción de la que estaba hablando, enfatizando en el tema de la violencia de género, surgió la propuesta de Ramalho: “¿Por qué no un proyecto en cuatro manos que involucre a Cuba y Brasil? (...) En ese momento la figura espigada y decidida de Christina Ramalho, poeta y académica brasileña, me ofreció la posibilidad de llevar a cabo tal antología, que es la que ustedes leen: un libro sobre la poesia escrita por mujeres recientemente, contra la violencia de género, em Cuba y Brasil. (...) Resaltan en estas creaciones la manera em la que nos autocalificamos junto a la forma en que nos ven, formando acaso una bipolaridad perfecta, y a ratos, enfermiza. Aunque no escapa a la afinación, penetración y sensibilidad de estas escritoras el hacer saber que, pese a que es la madre, y muchas veces también la mujer, una institución en la familia y en la casa, es considerada un ser de segundo orden. (...) Con su propio talento, cada una de las poetas que nos envió sus textos encarna dibujos de esa realidad. En algunos casos, el tema de la violencia de género se basa en metáforas y otras figuraciones sutiles. En otros, los retratos de la vida cotidiana revelan marcas de inscripciones patriarcales que permanecen en nuestra realidad. En otros, hay una confrontación directa, pero estéticamente trabajada, con las situaciones violentas a las que están sometidas las mujeres.”
Dos excelentes textos de apresentação de Caridad
Atencio e Christina Ramalho, destaquei acima apenas alguns trechos que me
pareceram importantes para situar a leitora e o leitor no processamento da
antologia Sem
Mordaça / Sin Mordaza. Leia, na
edição online e gratuita em PDF, as considerações integrais das
duas organizadoras. Link: Escritoras Cubanas.
SEM MORDAÇA / SIN MORDAZA
a
excelência da palavra feminina
la excelencia de la palabra feminina
*******
ilustrações:
Joba Tridente.2021
foto:
Christina Ramalho/Coleção Africana - Museu do Louvre. 2018
: CHRISTINA RAMALHO
Sangue abstrato
Sangro.
Logo não sangrarei mais.
E no sangue que sangrei
ficarão poças de espasmos
dores ancestrais
e reinventadas
pelas dobraduras do tempo.
Parte da mulher
partirá como a porcelana
que cumpre
inexorável destino
de tombar da prateleira
onde a vida reteve
a fecundidade do jardim.
Outra parte
renascerá dos cacos
japonesamente resgatada
não na capacidade de ser pólen
mas na tenacidade perene
da flor que vai além
de pétalas e corola,
flor
que por ser infinita
extrapola
o signo imposto
de só ser flor
na existência da abelha
ou na do beija-flor.
Sangro.
Logo não mais sangrarei.
E o que era sangue,
rosário com que me vestiram,
será o perfume santo
que perpetua no espaço
a impermanente permanência
da flor que o mundo esmaga
e que a força viva da mulher
resgata com o sangue
contínuo e abstrato
de sua existência concreta.
(In: fio de teNsão, 2018)
Sangre abstracta
Sangro.
Pronto ya no sangraré más.
Y en la sangre que yo sangré
quedarán charcos de espasmos
dolores ancestrales
y reinventadas
por los pliegues del tiempo.
Parte de la mujer
partirá como la porcelana
que cumple
el inexorable destino
de tumbarse del estante
donde la vida retuvo
la fecundidad del jardín.
Otra parte
renacerá de las piezas
“japonesamente” rescatadas
no en la capacidad de ser polen
pero en la tenacidad perenne
de la flor que va más allá
de pétalos y corola,
flor
que siendo infinita
extrapola
el signo impuesto
de sólo ser flor
en la existencia de la abeja
o la del colibrí.
Sangro.
Pronto no sangraré más.
Y lo que era sangre,
el rosario con que me vistieron,
será el perfume santo
que perpetúa en el espacio
la impermanente permanencia
de la flor que el mundo aplasta
y que la fuerza viva de la mujer
rescata con la sangre
continua y abstracta
de su existencia concreta.
(In: fio de teNsão, 2018)
: CONCEIÇÃO EVARISTO
Da menina, a pipa
Da menina a pipa
e a bola da vez
e quando a sua íntima
pele, macia seda, brincava
no céu descoberto da rua
um barbante áspero,
másculo cerol, cruel
rompeu a tênue linha
da pipa-borboleta da menina.
E quando o papel
seda esgarçada
da menina
estilhaçou-se entre
as pedras da calçada
a menina rolou
entre a dor
e o abandono.
E depois, sempre dilacerada,
a menina expulsou de si
uma boneca ensanguentada
que afundou num banheiro
público qualquer.
(In: Poemas da recordação e outros
movimentos, 2011)
La niña, la cometa
De la niña la cometa
y la pelota de la vez
y cuando su intima
piel, suave seda, jugueteada
en el cielo desnudo de la calle
una cuerda áspera
varonil cerol1, cruel
rompió la delgada línea
de cometa-mariposa de la niña.
Y cuando el papel
seda deshilachada
de la niña
astillado entre
las piedras de la acera
la niña rodó
entre el dolor
y el abandono.
Y luego, siempre destrozada,
la niña la echó de sí
una muñeca ensangrentada
que se hundió en un baño
público cualquier.
(In: Poemas da recordação e outros movimentos, 2011)
Nota: 1. El cerol es uma mezcla de pegamento
y vidrio esmerilado
que va en la línea de la cometa para
que otra cometa se pueda cortar en el cielo.
: elimacuxi
Para sua hipocrisia,
com um beijo
você viu?
a guerra anda beijando a terra
explodindo criança, velho, igreja,
homem, mulher
você viu?
você viu?
a ganância beijando o ambiente
desfazendo rio, planta, morro,
mamífero, serpente
você viu?
a chuva beijou a família venezuelana
que na BR 174 caminhava novas trilhas
em busca de boas vistas
e, quem sabe, com comida
um novo prato...
você viu?
a miséria beijando o estômago dos
meninos
e distribuindo-os pelos sinais,
vulneráveis e franzinos
você viu?
você viu?
todo dia há corpos esburacados
e buracos no asfalto e nas
consciências
a violência beija as meninas
arrancando pele,
rompendo ossos
você viu?
você viu
que no hospital
a má fé dos poderosos beija a todos
com seu atraso
e em plena agonia,
sem leitos nem materiais
sobram soberbos os beijos do descaso?
você viu?
Hein? Você! Você viu?
Não me diga que você é daquelas
que só vê, se horroriza e comove
com beijos de amor gay
nas novelas.
Para tu hipocresía con
un beso
¿has visto?
la guerra ha estado besando la tierra
explotando niño, viejo, iglesia,
hombre, mujer
¿has visto?
¿has visto?
la avaricia besando el ambiente
deshaciendo río, planta, colina,
mamífero, serpiente
¿has visto?
la lluvia besó a la familia
venezolana
que en BR 174 recorría nuevos
senderos
en busca de buenas vistas
y, ¿quién sabe?, con comida
un nuevo plato ...
¿has visto?
la miseria besando el estómago de los
chicos
y distribuyéndolos por las señales,
vulnerables y delgadas
¿has visto?
¿has visto?
todos los días hay cuerpos llenos de
baches.
y agujeros en el asfalto y en las
conciencias.
la violencia besa las chicas
tirando de la piel,
rompiendo huesos
¿has visto?
¿has visto?
que en el hospital
la mala fe de los poderosos besa a
todos
con su retraso
y en plena agonía,
sin camas ni materiales
¿quedan soberbios los besos del
desprecio?
¿has visto?
¡Eh Tú! ¿Has visto?
No me digas que eres una de esas
que solo ve, se horroriza y se
conmueve
con besos de amor gay
en las telenovelas.
: MARÍLIA KUBOTA
Sinal amarelo
o amor parou
no sinal amarelo
por minhas avós
por minha mãe
por minhas irmãs
com um grito
na noite
interminável
ninguém veio
era amor ?
ou ódio
meninas
e mulheres
até hoje ouço
suas vozes
ensurdecida
Señal amarilla
el amor se paró
en la señal amarilla
por mis abuelas
por mi madre
por mis hermanas
con un grito
por la noche
interminable
nadie vino
era amor?
o ódio
niñas
y mujeres
hasta hoy oigo
sus vocês
ensordecida
: MARIZE CASTRO
Inteira
Iluminada por oráculos
alimento anjos com asas quebradas.
Não é de vendaval que eu preciso
mas da língua do amor guardada à
beira-mar.
Não entendo de círios
mas de verões e sargaços bailarinos.
Acolhida pela província
arrisco-me a enlaçar orquídeas em
árvores.
Sempre sofri.
Sempre tive febre.
Sempre estive inteira em todos os
infernos.
Nunca quis ser abandonada.
Mas aprendi a perder.
O naufrágio me ensinou a ternura dos
afogados.
(In: Esperado ouro, 2005)
Entera
Iluminada por oráculos
alimento ángeles con alas rotas.
No es de vendaval que yo necesito
pero de la lengua del amor guardada a
la orilla del mar.
No entiendo de cirios
pero de veranos y sargazos
bailarines.
Acogida por la provincia
me arriesgo a enlazar orquídeas en
árboles.
Siempre he sufrido.
Siempre he tenido fiebre.
Siempre estuve entera en todos los
infiernos.
Nunca quise ser abandonada.
Pero aprendí a perder.
El naufragio me enseñó la ternura de
los ahogados.
(In: Esperado ouro, 2005)
: NOÉLIA RIBEIRO
Aqueles eles
Porque aparecem como alazões
de crinas douradas atraindo
o olhar de amazonas ávidas,
acreditamos neles.
Porque batem à porta como
cãezinhos esfomeados lambendo
os pés de mães e filhas,
acreditamos neles.
Porque adentram nossa casa
como ursos pelosos afastando
o inverno da solidão,
acreditamos neles.
Quando deles emerge o monstro
de gigantescas patas que nos violenta
o corpo e a humanidade,
ninguém acredita em nós.
Aquellos ellos
Porque aparecen como alazanes
de crines doradas atrayendo
la mirada de amazonas ávidas,
creemos en ellos.
Porque golpean a la puerta como
perritos hambrientos lamiendo
los pies de madres e hijas,
creemos en ellos.
Porque adentran nuestra casa
como los osos peludos alejando
el invierno de la soledad,
creemos en ellos.
Cuando de ellos emerge el monstruo
de gigantescas patas que nos violenta
el cuerpo y la humanidad,
nadie cree em nosotros.
: RENATA DE CASTRO
Ofício
O que faz um artesão com madeira?
Ele talha.
Você é artesão e eu, madeira.
O que sempre fez comigo?
Me talhou.
Me cortou.
Arrancou pedaços.
Queria uma obra.
Resultado: amorfa, sou eu depois de
seu trabalho.
Por que fui ser madeira?
Menos doloroso se eu fosse barro.
(In: O terceiro quarto, 2017)
Oficio
¿Qué hace un artesano con madera?
Él talla.
Usted es artesano y yo, madera.
¿Qué siempre hizo conmigo?
Me tajó.
Me cortó.
Arrancó pedazos.
Quería una obra.
Resultado: amorfa, soy yo después de
su trabajo.
¿Por qué fui a ser madera?
Menos doloroso si yo era barro.
(In: O terceiro quarto, 2017)
Christina Ramalho é carioca (1964) e cidadã aracajuana (2016) e sergipana (2018). Doutora em Letras (UFRJ, 2004, CNPq), com Pósdoutorado em Estudos Cabo-Verdianos (USP, 2012, FAPESP) e em Estudos Épicos (Université Clermont-Auvergne, França, 2017). É professora do Curso de Letras da Universidade Federal de Sergipe, Itabaiana. Autora e organizadora de 36 livros, que envolvem teoria e crítica literária, além de criação literária (poesia, crônica e conto). Pintora e fotógrafa amadora com diversas exposições realizadas. Membro da Academia Gloriense de Letras (SE) e da Academia Cabo-Verdiana de Letras. Seus livros de poesia são Musa Carmesim (1998, poema épico) e Laço e nó (2000), fio de teNsão (2018), Lição de voar (2019), Poemas mínimos (2019), O inusitado amor do Catingueira e da Brucha (cordel, 2019. Com Ítalo de Melo Ramalho), Poemas de Danda & Chris (para crianças. Com Rosângela Trajano, 2020), Ponteiros de papel (2020) e Sessenta minutos (Lei Aldir Blanc, 2021). Alguns disponíveis em e-book no site da autora (miXturas): www.ramalhochris.com.
Christina Ramalho nació en Rio de Janeiro (1964) y es ciudadana de Sergipe (2018) y su capital, Aracaju (2016). Es Doctora en Letras (UFRJ, 2004, CNPq), con Postdoctorado en Estudios Caboverdianos (USP, 2012, FAPESP) y en Estudios Épicos (Université Clermont-Auvergne, Francia, 2017). Es profesora del Curso de Letras de la Universidad Federal de Sergipe, Itabaiana. Autora y organizadora de 36 libros, de teoría y crítica literaria, además de creación literária (poesía, crónica y cuento). Pintora y fotógrafa aficionada com diversas exposiciones realizadas. Miembro de la Academia Gloriense de Letras (SE) y de la Academia Caboverdiana de Letras. Entre sus libros de poesías publicados están: Musa Carmesim (1998, poema épico) e Laço e nó (2000), fio de teNsão(2018), Lição de voar (2019), Poemas mínimos (2019) y O inusitado amor do Catingueira e da Brucha (cordel, 2019. Con Ítalo de Melo Ramalho), Poemas de Danda & Chris (para niños. Con Rosângela Trajano, 2020), Ponteiros de papel (2020) y Sessenta minutos (Ley Aldir Blanc, 2021). Algunos de ellos disponibles en e-book en la página web de la autora (miXturas): www.ramalhochris.com.
Conceição Evaristo nasceu em uma favela de Belo Horizonte, Minas Gerais (1946). Estreou como escritora em 1990, publicando textos nos Cadernos Negros. Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense, atuou como professora visitante na Universidade Federal de Minas Gerais. É militante ativista de movimentos negros. Sua produção literária reúne romances, contos e poemas. Participou de diversas antologias no Brasil e no mundo. O livro Ponciá Vicêncio foi traduzido para o inglês e publicado nos Estados Unidos em 2007. Foi finalista do Prêmio Portugal Telecom em 2009. Obras: Ponciá Vicêncio (2003, romance), Becos da memória (2006), Poemas da recordação e outros movimentos (2011, poesia), Olhos d´Água (2014, contos), Insubmissas lágrimas de mulheres (2016, contos) e Histórias de leves enganos e parecenças (2016, contos).
Conceição Evaristo nació en una favela de Belo Horizonte, Minas Gerais (1946). Hizo su debut como escritora en 1990, publicando textos en Cadernos Negros. Doctora en Letras de por Universidad Federal Fluminense, actuó como profesora visitante en la Universidad Federal de Minas Gerais. Es activista militante de los movimientos negros. Su producción literaria reúne novelas, cuentos y poemas. Participó en varias antologías en Brasil y en todo elmundo. Su libro Ponciá Vicêncio fue traducido al inglés y publicado en los Estados Unidos en 2007. Fue finalista del Premio Portugal Telecom en 2009. Obras: Ponciá Vicêncio (2003, novela), Becos da memória (2006), Poemas da recordação e outros movimentos (2011, poesia), Olhos d´Água (2014, cuentos), Insubmissas lágrimas de mulheres (2016, cuentos) y Histórias de leves enganos e parecenças (2016, cuentos).
elimacuxi é uma multiartista. Poeta, fotógrafa, mulher mãe de três mulheres. Vive em Boa Vista, Roraima, norte do Brasil, onde faz parte do coletivo literário Máfia do Verso. Sua obra poética, focada no cotidiano, é publicada há dez anos sobretudo no blog Elimacuxi, Poesia Pura. Embora se considere uma “poeta de internet”, participou de diversas coletâneas de poesia contemporânea e publicou o livro solo intitulado Amor para quem Odeia, com boa repercussão entre críticos e público. Feminista atuante junto ao movimento LGBTQIA+, vem se tornando uma “artivista” da questão de gênero e traz uma série de poemas com reflexões sobre como pensa e sente as questões da identidade a partir do seu corpo de mulher. Para conhecer mais da obra, acesse www.elimacuxi.blogspot.com.
elimacuxi es una artista múltiple. Poeta, fotógrafa, madre de tres mujeres. Vive en Boa Vista, la capital del estado de Roraima, en el norte de Brasil. Forma parte del colectivo literario Máfia do Verso y su obra poética, centrada en la vida cotidiana, se publica desde hace diez años principalmente en el blog Elimacuxi, Poesia Pura. Aunque se considera una "poeta de Internet", ha participado en varias colecciones de poesía contemporánea y ha publicado un libro em solitario titulado Amor para quem Odeia, con buenas repercusiones entre la crítica y el público. Feminista activa en el movimento LGBTQIA +, se ha convertido en una “artivista” del tema de género y trae una serie de poemas con reflexiones sobre cómo piensa y siente los temas de identidad desde su cuerpo de mujer. Para obtener más información sobre su trabajo, visite www.elimacuxi.blogspot.com.
Marilia Kubota nasceu no Paraná. É poeta, jornalista e Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná. Autora de Velas ao vento (Medusa, 2020), Eu também sou brasileira (Lavra, 2020), Bicicletas caiçaras (Edição da autora, 2020), Diário da vertigem (Patuá, 2015), micropolis (Lumme, 2014), Esperando as Bárbaras (Blanche, 2012) e organizadora das coletâneas Um girassol nos teus cabelos – poemas para Marielle Franco (Quintal, 2018), Blasfêmeas: Mulheres de Palavra (Casa Verde, 2016) e Retratos Japoneses no Brasil – Literatura mestiça (Annablume, 2010).
Marilia Kubota nació en Paraná. Es poeta, periodista y Maestra em Estudios Literarios por la Universidade Federal do Paraná. Autora de Velas ao vento (Medusa, 2020), Eu também sou brasileira (Lavra, 2020), Bicicletas caiçaras (Edição da autora, 2020), Diário da vertigem (Patuá, 2015), micropolis (Lumme, 2014), Esperando as Bárbaras (Blanche, 2012) e organizadora das coletâneas Um girassol nos teus cabelos – poemas para Marielle Franco (Quintal, 2018), Blasfêmeas: Mulheres de Palavra (Casa Verde, 2016) y Retratos Japoneses no Brasil – Literatura mestiça (Annablume, 2010).
Marize Castro (Natal/RN, 1962) é autora dos livros de poemas Marrons Crepons Marfins (1984); Rito (1993); poço. festim. mosaico (1996); Esperado ouro (2005); Lábios-espelhos (2009); Habitar teu nome (2011) e A Mesma Fome (2016). É graduada em Jornalismo, tem mestrado em Educação e doutorado em Estudos da Linguagem. Editou nos anos 1980 o jornal O Galo e, nos anos 1990, a revista Odisseia. Edita seus livros por sua própria editora, a Una, o que define como “deliciosa e desamparada viagem”. Sobre ela, escreveu Nelly Novaes Coelho no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras: “Poeta em tom maior, expert em Comunicação, jornalista, editora e uma das fortes vozes femininas da poesia brasileira contemporânea, revelouse em livro, em 1984, com a publicação de Marrons Crepons Marfins que surpreendeu crítica e público pela força e originalidade de sua palavra”. Sobre Marize Castro, afirmou o poeta e crítico Haroldo de Campos: “Em seus versos há algo de fundamental, algo entre o belo e o verum, a verdade em beleza, um cuidado especial com a síntese, um encontro com a poesia”.
Marize Castro (Natal / RN, 1962) es autora de los libros de poemas Marrons Crepons Marfins (1984); Rito (1993); poço. festim. mosaico (1996); Esperado ouro (2005); Lábios-espelhos (2009); Habitar teu nome (2011) e A Mesma Fome (2016). Es graduada en Periodismo, tiene una maestría en Educación y doctorado en Estudios del Lenguaje. En la década de 1980, el periódico O Galo y en los años 1990, la revista Odisseia. Edita sus libros por su propia editora, la Una, lo que define como "deliciosa y desamparada viaje". Sobre ella, escribió Nelly Novaes Coelho en el Diccionario Crítico de Escritoras Brasileñas: “Poeta en tono mayor, experta en Comunicación, periodista, editora y una de las fuertes voces femeninas de la poesia brasileña contemporánea, se reveló en libro, en 1984, con la publicación de Marrons Crepons Marfins que sorprendió crítica y público por la fuerza y originalidad de su palabra.” “En sus versos hay algo de fundamental, algo entre lo bello y lo verum, la verdad em belleza, un cuidado especial con la síntesis, un encuentro con la poesía”, afirmó el poeta y crítico Haroldo de Campos.
Noélia Ribeiro nasceu em Recife, mas mora em Brasília desde 1972. Formada em Letras na Universidade de Brasília, publicou os livros Expectativa (independente, 1982); Atarantada (Verbis, 2009); Escalafobética (Vidráguas, 2015) e Espevitada (Penalux, 2017). Tem poemas em antologias e jornais brasileiros e nas revistas eletrônicas Mallarmagens, InComunidade, Gueto e Germina, entre outras. Em 2017, a poeta recebeu da Secretaria de Cultura do Distrito Federal o Prêmio FAC – Igualdade de Gêneros na Cultura. Integrou a exposição itinerante Poesia Agora, no Rio de Janeiro, e foi homenageada no 32º Salão Nacional de Poesia Psiu Poético, em Montes Claros (MG). É membro da Associação Nacional de Escritores (ANE) e da União Brasileira de Escritores - RJ (UBE).Facebook: @noeliamrs; Instagram: @noeliaribeiropoeta; Email: nmariarsilva@hotmail.com.
Noelia Ribeiro nació en Recife (1963), Pernambuco (PE), pero vive en Brasilia desde 1972. Formada en Letras en la Universidad de Brasilia, publicó los libros Expectativa (independente, 1982); Atarantada (Verbis, 2009); Escalafobética (Vidráguas, 2015) e Espevitada (Penalux, 2017). Tiene poemas en antologías y periódicos brasileños y en las revistas electrónicas Mallarmagens, InComunidad, Gueto y Germina, entre otras. En 2017, la poeta recibió de la Secretaria de Cultura del Distrito Federal el Premio FAC -. Igualdade de Gêneros na Cultura. Integró la exposición itinerante Poesía Agora, en Río de Janeiro, y fue homenajeada en el 32º Salón Nacional de Poesía Psiu Poético. En el 32º Salón Nacional de Poesía Psiu Poético, en Montes Claros (MG), Es miembro de la Associação Nacional de Escritores (ANE) y de la União Brasileira de Escritores – RJ (UBE).Facebook: @noeliamrs; Instagram: @noeliaribeiropoeta; Email: nmariarsilva@hotmail.com.
Renata de Castro nasceu no Rio de Janeiro, em 1979, mas vive em Aracaju, Sergipe, há mais de 30 anos. Professora, mestre em Linguística e, atualmente, doutoranda em Literatura na UFS atua no Ensino Superior e no Básico. Dedica-se sobretudo à escrita de versos, embora também escreva prosa. Tem três livros publicados: O terceiro quarto (Ed. Benfazeja, 2017) – composto não só por poemas, mas também por contos – , Hystéra (Ed. Escaleras, 2018) – composto exclusivamente por poemas eróticos – e De quando estive em Alto-Mar: poemas de afogamento e algumas mortes felizes (Ed. Escaleras, 2021). Teve alguns de seus poemas publicados em revistas virtuais, como Varal, na Crioula USP (2011); Atávica flor, em uma edição especial da Gueto (2017), em Minguante, Todo mal, Candidum, e em diferentes edições da Revista Barbante (2017 e 2018). Fez parte da Antologia Poética Senhoras Obscenas (Ed. Benfazeja, 2016), da Antologia Poética Damas entre Verdes (Selo Senhoras Obscenas, 2017) e da Antologia Poética Senhoras Obscenas (Ed. Patuá, 2019). Email: renatadecastro_@hotmail.com.
Renata de Castro nació en Río de Janeiro (RJ), en 1979, pero vive em Aracaju, Sergipe, hace más de 30 años. Profesora, maestra em Lingüística y, actualmente, estudiante de Doctorado en Literatura en la UFS actúa en la Enseñanza Superior y en el Básico. Se dedica sobre todo a la escritura de versos, aunque también escriba prosa. Tiene tres libros publicados: O terceiro quarto (Ed. Benfazeja, 2017) – compuesto no sólo por poemas, sino también por cuentos – Hystéra (Ed. Escaleras, 2018) – compuesto exclusivamente por poemas eróticos – y De quando estive em Alto-Mar: poemas de afogamento e algumas mortes felizes (Ed. Escaleras, 2021). Ha tenido algunos de sus poemas publicados en revistas virtuales, como Varal, na Crioula USP (2011); Atávica flor, em una edición especial de la Gueto (2017), Minguante, Todo mal y Candidum, y en diferentes ediciones de la Revista Barbante (2017 y 2018). Hizo parte de la Antologia Poética Senhoras Obscenas (Ed. Benfazeja, 2016), de la Antologia Poética Damas entre Verdes (Selo Senhoras Obscenas, 2017) y de la Antologia Poética Senhoras Obscenas (Ed. Patuá, 2019). E-mail:renatadecastro_@hotmail.com.
Nota: Foi
lançado no mês de março de 2021, mais uma edição semestral online e gratuita
da excelente (n.t)
Revista Nota do Tradutor (ano 10, n. 15, volume especial ilustrado,
bilíngue: 12 idiomas), editada por Gleiton Lentz e Roger Sulise, também dedicada à voz
feminina: Mulheres “Eu Existo”. Quis destacar
alguns poemas, no Falas ao Acaso,
mas, como não foi possível, deixo o endereço (link em laranja) para quem quiser fazer o download e conhecer esta e outras publicações da nota do tradutor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário