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fábulas de Esopo. 3 reflexões para o antes, o durante e o após eleições. 3
fábulas que se encontram no livro Fábulas
de Esopo Ilustradas, tradução e adaptação de Carlos Pinheiro - Licença
Creative Commons, 2012. O antes: A Pulga e o Camelo. O durante: O Rei dos
Macacos e Dois Homens. O após: O Cão e a Máscara.
O Rei dos Macacos e Dois Homens
Esopo
Dois
companheiros que caminhavam juntos pela floresta, acabaram por se perder.
Depois de andarem muito, chegaram à terra dos Macacos. Foram logo levados ao
rei, que, mal os viu, lhes perguntou:
— Na vossa
terra e nessas que atravessastes, o que se diz de mim e do meu Reino?
Respondeu
um dos homens:
— Dizem que
sois um grande Rei de gente sábia e culta.
O outro,
que gostava de dizer a verdade, respondeu:
— Toda a
vossa gente são macacos irracionais, logo o rei também é um macaco.
Ouvindo
isto, o Rei ordenou que matassem este, e que ao primeiro oferecessem presentes
e o tratassem muito bem.
Moral da História: Verifica-se nesta Fábula o que diz
Terêncio, que a verdade causa ódio e o elogio ganha amigos. Com um Rei
ignorante não há sábios nem virtuosos, apenas chocarreiros e aduladores. Daqui
resulta que frequentemente os bons são rebaixados e obedecem aos maus, que o
Rei Macaco tem ódio a quem o desengana, e que o que mente, como aqui fez o
primeiro companheiro, é favorecido.
*
Ilustração:
Steinhowel - 1479
Esopo, o grande fabulista
grego, ainda hoje é uma grande incógnita. Não se sabe quando e onde (Samos?
Sardes? Atenas?) nasceu, mas acredita-se que teria sido morto em Delfos em 620
a.C. Pelo que se conta, o mestre não teria palpos na língua e ancorado pelas
suas fábulas atingia os grandes e os pequenos com seus julgamentos. Escravo,
teria sido liberto por Jadmo de Samos e saiu pelo mundo: Egito, Babilônia, Ásia
Menor. Apesar de deixar nada escrito, Esopo
seria autor de, no mínimo, umas 400 fábulas, recontadas até hoje. Dos muitos
autores que as recolheram o mais popular é o francês Jean de La Fontaine
(1621-1695).
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