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fábulas de Esopo. 3 reflexões para o antes, o durante e o após eleições. 3
fábulas que se encontram no livro Fábulas
de Esopo Ilustradas, tradução e adaptação de Carlos Pinheiro - Licença
Creative Commons, 2012. O antes: A Pulga
e o Camelo. O durante: O Rei dos Macacos e Dois Homens. O após: O Cão e a Máscara.
A Pulga e o Camelo
Esopo
Pôs-se
uma Pulga em cima de um Camelo carregado, e deixou-se ir em cima da carga
durante a jornada, no fim da qual saltou abaixo e, sacudindo-se, disse:
—
Ainda bem que desço, porque tinha pena de ti; agora irás leve com pouca carga.
O
Camelo riu-se deste cumprimento e respondeu:
—
Nunca senti que te levava em cima, nem tu podes carregar-me nem aliviar-me,
pois não tens peso para isso. A carga que eu levo, essa sinto. Tu não tens peso
para te sentirem.
Moral
da história: Há homens
leves como pulgas que, por se mostrarem de muita importância e íntimos de
senhores, não fazem senão entrar e sair de suas casas e tomam a mão a outros,
que vão como os Camelos carregados de negócios, somente para meterem na cabeça
de quem sabe pouco deles que são tidos em conta ou que prestam para alguma
coisa.
*
ilustração
de Joba Tridente – 2014
Esopo, o grande fabulista
grego, ainda hoje é uma grande incógnita. Não se sabe quando e onde (Samos?
Sardes? Atenas?) nasceu, mas acredita-se que teria sido morto em Delfos em 620
a.C. Pelo que se conta, o mestre não teria palpos na língua e ancorado pelas
suas fábulas atingia os grandes e os pequenos com seus julgamentos. Escravo,
teria sido liberto por Jadmo de Samos e saiu pelo mundo: Egito, Babilônia, Ásia
Menor. Apesar de deixar nada escrito, Esopo
seria autor de, no mínimo, umas 400 fábulas, recontadas até hoje. Dos muitos
autores que as recolheram o mais popular é o francês Jean de La Fontaine
(1621-1695).
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