domingo, 17 de abril de 2016

Joba Tridente: boca do mundo

em tempos de ebulição um poema em convulsão
se a palavra não anestesia o nervo
o bisturi não anistia o verbo...


boca do mundo
Joba Tridente

na boca do mundo
noite e dia
entre dentes
dor ar dor

na língua mordida
a penitência
no lábio ferido
a persistência

....................................
desamada insistência
desalmada resistência  
desarmada paciência
....................................
amargo céu
da boca o desalento
na vala não vale
o siso
o ouro canino
dez troçando mil

*
Joba Tridente: Poema e Ilustração-2015



Joba Tridente em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura – 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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