em tempos de ebulição um poema em convulsão
se a palavra não anestesia o nervo
o bisturi não anistia o verbo...
se a palavra não anestesia o nervo
o bisturi não anistia o verbo...
boca do mundo
Joba Tridente
na boca do mundo
noite e dia
entre dentes
dor ar dor
noite e dia
entre dentes
dor ar dor
na língua mordida
a penitência
a penitência
no lábio ferido
a persistência
....................................
desamada insistência
a persistência
....................................
desamada insistência
desalmada resistência
desarmada paciência
....................................
....................................
amargo céu
da boca o desalento
na vala não vale
o siso
o ouro canino
dez troçando mil
*
Joba Tridente: Poema e Ilustração-2015
Joba Tridente
em Verso :
25 Poemas
Experimentais (1999); Quase Hai-Kai
(1997, 1998 e 2004); em Antologias:
Hiperconexões: Realidade Expandida (2015);
101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo
da minha janela (2014); Ebulição da
Escrivatura – 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História
Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos
Stankienambás (2000); Cidades
Minguantes (2001); O Vazio no Olho
do Dragão (2001). Contos , poemas e artigos
culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo ,
Revista Planeta ,
entre outros.
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