sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Joba Tridente: Rito e Vela


..., cemitérios são cidadelas que me fascinam pelos restos de identidades e pó. ..., em toda a vida, é a morte que aguça a minha curiosidade. ..., gosto de ritos, de rituais praticados com a alma, de se ver e não esquecer. ..., rito, o quase hai-kai, é uma homenagem à minha mãe, que já se foi no tempo. ..., vela, o quase tanka, é uma lembrança aos que ficam um pouco mais.



r   i   t   o
joba tridente
  
branca dor
quase assim
a morte

*

v   e   l   a
joba tridente
  
dia de todos os mortos
uma vela ao sereno
no caminho dos vivos
...
uma vela serena
o caminho dos vivos


(*)
ilustração de Joba Tridente. (2018)

Joba Tridente, um livre pensador livre. artesão de imagens e de palavras em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida – Sangue e Titânio (2017); Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura - 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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