segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Joba Tridente: Marginal Porque Se Não Nada É Bandido

É 7 de setembro e, por aqui, comemora-se o “Dia da Independência”. Marginal Porque Se Não Nada É Bandido, de 2010, é um poema atemporal que você pode ler do jeito que bem quiser e bem entender: vermelho e preto; vermelho ou preto, de cima pra baixo ou de baixo pra cima; saltitando..., porque Bandido é Bandido em qualquer direção e ou situação! 



Marginal Porque Se Não Nada É Bandido
Joba Tridente (2010)


MARGINAL

bandido
é sempre
civil ou não
é sempre
oficial ou não
é sempre
político ou não
é sempre
presidente ou não
é sempre
rei ou não
é sempre
bandido

PORQUE

bandido é
sempre bandido
civil ou não é
sempre bandido
oficial ou não é
sempre bandido
político ou não é
sempre bandido
presidente ou não é
sempre bandido
rei ou não é
sempre bandido
é bandido

SE NÃO

bandido é
sempre bandido
civil ou não é
sempre bandido
oficial ou não é
sempre bandido
político ou não é
sempre bandido
presidente ou não é
sempre bandido
rei ou não é
sempre bandido
é bandido

NADA É

bandido
é sempre bandido
civil ou não
é sempre bandido
oficial ou não
é sempre bandido
político ou não
é sempre bandido
presidente ou não
é sempre bandido
rei ou não
é sempre bandido
bandido

BANDIDO



*
foto de Joba Tridente

Joba Tridente em Verso: 25 Poemas Experimentais; Quase Hai-Kai; em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida; 101 Poetas Paranaenses; Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela; Ebulição da Escrivatura; em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás; Cidades Minguantes; O Vazio no Olho do Dragão. Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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