Em
novembro de 2013 postei três poemas de Teresa Vignoli: Pitanga..., de pousos e
de pausas..., zen mistério ..., e deixei dois para depois. O de
hoje é sampa. O de amanhã é te-ar.
sampa
cinza
cinza
cinzas do cigarro
no cinzeiro de São Paulo
cinzas do cigarro
no cinzeiro de São Paulo
cinzas
cinzas
luzes
parcas estrelas brilham no teu céu nublado
luzes
parcas estrelas brilham no teu céu nublado
dor,
muita dor
nos poros
dos teus cimentos
nos poros
dos teus cimentos
amor
todo o amor
é a única flor
no teu concreto.
todo o amor
é a única flor
no teu concreto.
(*)
Foto
de Joba Tridente: concreto (2011)
Teresa Vignoli (ou simplesmente Teca)
é psicoterapeuta e coordenadora de oficinas de escrita criativa em encontros de
psicologia, educação e criatividade, e escritora. Teca é da geração mimeógrafo,
que escancarou a poesia na década de 70. Além dos badalados recitais e
encontros de arte e poesia, se fez presente nas coletâneas Pa lavra (RJ, 1973); Alambique
(RJ, 1976), esta com os poetas Joel Macedo e Pedro Pellegrino; Pega Gente (SP, 1977), editada por
Ulisses Tavares; Po rr etas (DF,1978
e 1980), com Nicolas Behr, Tetê Catalão e Cassiano Nunes. Em parceria com o
artista Rômulo Pinto Andrade (projeto visual, capa e ilustrações) lançou Asa Verso (Brasília, 1986) e com a poeta
Silma Coimbra Mendes, publicou pela editora Komedi, o livro Chama Verbo (1999). Entre os vários
periódicos que colaborou poeticamente, destaca-se a revista Quaternio, editada pelo Grupo de Estudos
Carl Gustav Jung e organizada por Nise da Silveira. Teca mora em Campinas, São
Paulo.
Valeu, amigo, um antigo poema, hoje adensado pelo adensamento da cidade... É de 77, quando morei em Sampa. O poema combina perfeitamente com ele... E, não por acaso, estive ontem lá... Beijos,
ResponderExcluir..., atemporalidade, minha amiga!
ExcluirBjs.
T+