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Joba Tridente
fio a fio o
cabelo um a um cai trilha afora pelo
chão enrodilhando no mato nas pedras o
cabelo trilha afora marcando o
caminho para trás se voltasse quando não
mais fio a fio restasse na cabeça
mais leve afora a trilha segue careca
refletindo a luz escorregando a brisa que
um a um tece que fio a fio trama a
barba de bode no cabelo para trás embaraçando
atalhos de aranhas-anjos não mais
fio a fio de cabelo um a um não mais
se distingue nos corpos de lanhados
de pele que ladeia a via afora que
adentra exposto em nervo a nervo em
músculo a músculo regando com sangue o
chão que o sustém mentindo o horizonte que
não alcança ali mentindo o horizonte que
passo a passo lá cobriu ossadas viradas pó
que cega avante a alma que vagueia no
lusco-fusco de um vaga-lume.
*
Joba Tridente. Poema.2015 - Ilustração.2016
Joba Tridente, artesão de palavras e imagens em Verso : 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê
Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois
de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura - 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História
Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos
Stankienambás (2000); Cidades
Minguantes (2001); O Vazio no Olho
do Dragão (2001). Contos , poemas e artigos
culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo ,
Revista Planeta ,
entre outros.
muito bom, poeta.
ResponderExcluir..., gratíssimo, POETA, Celso Araújo!
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