quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Joba Tridente: fé


... o que nos move é o que nos comove é o que nos remove ...


f é 
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Joba Tridente

fio a fio o cabelo um a um cai trilha afora pelo chão enrodilhando no mato nas pedras o cabelo trilha afora marcando o caminho para trás se voltasse quando não mais fio a fio restasse na cabeça mais leve afora a trilha segue careca refletindo a luz escorregando a brisa que um a um tece que fio a fio trama a barba de bode no cabelo para trás embaraçando atalhos de aranhas-anjos não mais fio a fio de cabelo um a um não mais se distingue nos corpos de lanhados de pele que ladeia a via afora que adentra exposto em nervo a nervo em músculo a músculo regando com sangue o chão que o sustém mentindo o horizonte que não alcança ali mentindo o horizonte que passo a passo lá cobriu ossadas viradas pó que cega avante a alma que vagueia no lusco-fusco de um vaga-lume.

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Joba Tridente. Poema.2015 - Ilustração.2016


Joba Tridente, artesão de palavras e imagens em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura - 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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