quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Joba Tridente: Quase Tanka Noturno - 2

..., de vez em quando me pego exercitando haicais e tankas sem compromisso. Em 2016 publiquei, por aqui, Quase Tanka Noturno - 1..., poema curto que faz parte de uma série poética motivada por seres perdidos na noite. Aquele falava de gatos pardos e crianças parcas, os dois poemas curtos que publico hoje, em Quase Tanka Noturno - 2, falam de cães e seus mendigos...



Quase Tanka Noturno - 2
Joba Tridente


01
a marquise goteja
o cão coça as brotoejas
o mendigo gagueja

na sarjeta o lodo acumula
gravando abstrações



02
cão e mendigo
no sereno da noite
rateiam restos

sob a marquise do banco
floreiras de ferro vazias


*
tankas (junho.2017) e foto (dezembro.2016)
de joba tridente



Joba Tridente, artesão de imagens e de palavras em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida – Sangue e Titânio (2017); Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2014); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura - 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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