sábado, 14 de maio de 2016

Ashraf Fayadh: A Última Fila Para Descendentes de Refugiados

Ashraf Fayadh é mais um grande poeta que conheci através das traduções do escritor Marcílio Farias. Vítima do totalitarismo na Arábia Saudita, Ashraf Fayadh causou comoção em todo mundo ao ser aprisionado e condenado à morte (em novembro de 2015) por apostasia. Ou seja, teria renegado o Islam. A prova, segundo a justiça, está em alguns poemas publicados no seu livro Instructions Within (2008). O processo contra o artista plástico e escritor, reconhecido na Europa e na Arábia Saudita, por suas curadorias de exposições de arte (Edge of Arábia) e expressiva literatura, é bastante controverso. Pesariam contra ele acusações de discussão num jogo de futebol; de ateísmo, de postar vídeo-denúncia da violência da polícia religiosa...).  No recurso apresentado do seu advogado, em fevereiro de 2016, a pena de morte foi revogada, porém imposta uma pena de oito anos de prisão, 800 chicotadas e arrependimento público.  Desde o anúncio da sua morte (por decapitação) artistas de todas as áreas, Anistia Internacional, associações de escritores, PEN Internacional, grupos de direitos humanos, em todo o mundo, têm se mobilizado pela sua liberdade.

Em homenagem ao escritor Ashraf Fayadh, o Falas ao Acaso publica, com exclusividade, a partir de hoje, uma breve seleção de seus poemas em cinco postagens. Conheça A Última Fila Para Descendentes de Refugiados (do livro Instructions Within), na cuidadosa tradução portuguesa de Marcílio Farias e também nas versões inglesa, de Jonathan Wright, e espanhola, de Shadi Rohana e Lawrence Schimel.













A Última Fila Para Descendentes de Refugiados
um poema de Ashraf Fayadh
em tradução de Marcílio Farias *

Você, Poeta, provoca indigestão nesse mundo, além de outros problemas.
Não force o solo a vomitar,
Mas fique no mesmo plano, rente.
Você é como uma fratura que não cola, Poeta.
Uma fração que não pode ser resolvida ou
Adicionada a outras operações - e
Assim você torna-se responsável por aumentar ainda mais a
Confusão nas estatísticas globais as quais agora você pertence.

Ser um Refugiado significa estar sempre no fim da fila
Para receber migalhas de um país.
O fim da fila é familiar ao seu avô, inda que ele nunca tenha sabido o porquê.
E nesse caso, a fração do país é você.
O país, um documento que vai em sua carteira junto com dinheiro.
Dinheiro: pedaços de papel com imagens de líderes impressas.
Imagens: substitutos do seu corpo até que você morra.
Morte: criatura mística que aparece nas fábulas do seu avô.
E assim termina a primeira lição, lição que precede a segunda que
Ensina a perguntar pelo significado da primeira.

No dia do seu Juízo particular todos estão nus
Enquanto você nada no restolho de esgotos rachados.
E você nada descalço - o que pode ser bom para os pés
Mas insalubre para o solo.

Então em seu benefício eles preparam podiums
E organizam simpósios, para que os jornais
Escrevam sobre Você, Poeta, da forma apropriada aos condenados.
Uma forma elegante desenvolvida para
Eliminar qualquer impropriedade,
E tudo pela metade do preço -
Portanto corram logo para comprar pelo menos a metade do estoque
Porque a fome de morte, a seca de vida são grandes…

Negociações seríssimas estão
Em processo para providenciar sua cremação sem custos
Sem que você engasgue
E não interfira com o direito das
Árvores crescerem nessa Terra.
E aprenda, Poeta, a não gastar suas cinzas de uma só vez.
Eles ensinaram a você a manter a cabeça erguida
De forma a não ver o lixo espalhado no chão da execução.

Eles ensinaram também que sua mãe chama-se Terra.
E o seu pai?
Até agora você o procura para confirmar paternidade, e
Eles ensinaram que
Tantas lágrimas como as que você agora chora
São um desperdício de água,
Bem raro e escasso nesse deserto de hoje em dia,
Como vocês todos bem sabem…

Amanhã,
Dizem eles,
É um belo dia pra se ver livre de sua vida
Porque a Terra, essa Terra dos profetas,
Ficará bem melhor sem sua presença, Poeta.
Inclusive as Crianças, estridentes como pardais,
Ficarão mais à vontade para
Construir ninhos em árvores mortas,
Porque a ONU e suas agências
Não são responsáveis pelo plantio de árvores.

Você então se usa como trunfo na barganha de sua própria vida,
Nada mais que papel e tinta e um poema escrito nele, ou
Um rolo de papel higiênico tal qual o que sua mãe usava
Para acender o forno e
Fazer pão.

(Previsão do Tempo:
O Sol está de cama porque tem febre)

Os ossos, envoltos em carne e pele.
A pele, suja e fedendo.
Pele que arde com a febre provocada por fatores sobrenaturais -
Você, por exemplo.

Mas diga pra si mesmo “não desista”
Tenha esperança, mesmo do fundo do exílio que você recusa,
Tenha esperança nesse treino intenso para a vida no Inferno
Em condições extremas.
(E pergunte ao deus que te desconhece:
O inferno é aqui mesmo nessa Terra? É o fundo dessa Cela?)

Os profetas se aposentaram e
Não há mais nenhum ao seu lado.
Todos servem ao governo escrevendo relatórios
E recebem salários nababescos
E vivem uma vida decente.
Até o falafel de Abu Said está contaminado
Pelas campanhas de vacinação milionárias -
Inclusive as crianças que
Brincam de roda perto da enfermaria.

A cobertura ao vivo do concurso de beleza mostra
Garotas coloridas em seus biquínis,
Todas muito bem dotadas.
E o locutor interrompe o desfile para
Uma notícia extraordinária sobre o aumento súbito
Das mortes por tabagismo.
O Sol ainda é a melhor fonte de Luz
E as estrelas olham pra você escondidas porque seu
Telhado precisa de reparos.

E sua memória, agora num ponto de taxi, recorda a discussão entre estranhos:
A - “Não temos passageiros suficientes para a corrida!”
B - “Mas minha mulher entrou em trabalho de parto! Esta é sua décima gravidez...”
A - “Quer dizer que ela não aprendeu nada? E a explosão demográfica desenfreada? Desenfreada - essa palavra mágica que tentamos aprender há anos...Vocês vivem a multiplicar crianças que correm nuas pelas ruas inspirando cineastas
E discussões soporíferas do G-8”
B - “Nós somos gente simples mas eles não podem viver sem a gente. Pouco importa que nossas cidades tenham sido destruídas, que nossas estações de trem tenham sido
Dinamitadas...Tudo fotografado e musicado e a cores e som estéreo. Somos atores que jamais serão pagos...Nosso papel é posar nus como quando nascemos, como quando brotamos da terra, como os jornais e revistas nos criaram, como quando mudamos para vilas e assentamentos carregando as chaves que foram do meu avô - que não sabia que vocês haviam trocado as fechaduras por cartões digitais. (Que as águas de todos os esgotos do mundo passem por cima de suas tumbas – Que jamais chova sobre suas lavouras. Esse é meu desejo)”

Mas não se preocupem - meus ossos não germinam uma vez enterrados,

E o solo existe para evitar que eles germinem. E assim por diante.
Digo ao meu avô e ao meu pai que no dia de meu juízo particular
Estarei nu na frente de todos porque minha nudez habituou-se as câmeras que
Filmarão tudo nesse dia.

Digo ao meu avô que todos os dias é meu dia do Juízo e sem tribunal,
Sem trompas ou trompetes porque na verdade, sou cobaia do
Inferno na Terra, nesse planeta que vocês chamam Terra.

Terra preparada a dedo para refugiados.


*

ilustração de Joba Tridente.2016


* Nota de Marcilio Farias: Tradução livre do poema The last in the refugees line, a partir da feita em língua inglesa por Jonathan Wright. O tradutor Wright foi o vencedor do prêmio Saif Ghobash Banipal de tradução em 2013 e o responsável por introduzir diversos autores do Oriente Médio ao publico ocidental, entre eles Amjad Nasser (autor de Land of No Rain).



********
The Last of the Line of Refugee Descendants
 by Ashraf Fayadh
translated by Jonathan Wright

You give the world indigestion, and some other problems.
Don’t force the ground to vomit,
and stay close to it, very close.
A fracture that can’t be set,
A fraction that can’t be resolved
or added to the other numbers,
so you give rise to a certain confusion in global statistics.

Being a refugee means standing at the end of the queue
to get a fraction of a country.
Standing is something your grandfather did, without knowing the reason.
And the fraction is you.
The country: a card you put in your wallet with your money.
Money: pieces of paper with pictures of leaders.
Pictures: they stand in for you until you go back.
Going back: a mythical creature that appears in your grandfather’s stories.
Here endeth the first lesson.
The lesson is conveyed to you so that you can learn the second lesson, which is “what do you signify?”

On the Day of Judgment, they stand naked,
and you swim in the spillage from the cracked sewage pipes.
Barefoot – that’s healthy for the feet
but unhealthy for the ground.

For your sake we will set up rostrums and hold conferences,
and the newspapers will write about you in the appropriate manner.
A new formula has been developed to eliminate recalcitrant dirt,
and at only half the price.
Hurry to buy up half the amount,
because the water shortage is very acute.

Serious negotiations
are underway to provide ashes for free so that you won’t choke,
without affecting the right of trees to live on Earth.
Learn how to avoid using up all your ash allowance in one go.

They taught you how to lift your head up
so that you can’t see the dirt on the ground.
They taught you that your mother is the Earth.
And your father?
You’re looking for him to confirm your lineage.
They taught you that your tears are an extravagant waste of water.
And water … as you know!

Tomorrow,
It’ll be a good idea to get rid of you,
because the Earth would look better without you.

Children are like sparrows,
but they don’t build nests in dead trees.
And the U.N. agency isn’t responsible for planting trees.

Use yourself as a bargaining card,
as a piece of paper with a poem on it, a piece of toilet paper,
a piece of paper for your mother to light the stove
and bake some loaves.

The weather forecast:
The sun is lying in bed because it has a temperature.

The bones, clothed in flesh and then with skin.
The skin gets dirty and gives off a horrible smell.
The skin burns and is affected by supernatural factors.
Take yourself as an example.

Don’t give up hope.
Take heart from the exile from which you are fleeing!
This is intensive training for living in Hell
and in your harsh conditions.
My god, is Hell somewhere on Earth?

The prophets have gone into retirement
so don’t expect any prophet to be sent your way for your sake.
For your sake the observers submit daily reports
and are paid high salaries.
How important money is
for the sake of a decent life!

Abu Said’s felafel are exposed to contamination
and the dispensary is announcing that the inoculation campaign is ending
so don’t worry about your children being contaminated
as long as the dispensary is there.

Live coverage of the proceedings of the beauty contest.
That girl looks good in her bikini,
and that one has rather a large bottom.
Breaking news: Sudden Rise in the Number of Deaths
From Smoking.
The sun is still a source of light
and the stars are peeping in at you, because your roof needs
repairing.

An argument at the taxi depot:
“We don’t have enough passengers to leave yet.”
“But my wife is in labour.”

“This is her tenth pregnancy. Hasn’t she learnt anything? There are reports warning of random population growth. Random – that’s the word I’ve been looking for for ages. We’re living in a random world. We’re multiplying and our children stand naked. Sources of inspiration for film-makers, or for discussion around the table at the G8. We are small people but they can’t live without us. For our sake some buildings have fallen down and some railway stations have been blown up. Iron is liable to rust. For our sake there are plenty of picture messages. We are actors who don’t get paid. Our role is to stand as naked as when our mothers gave birth to us, as when the Earth gave birth to us, as the news bulletins gave birth to us, and the multi-page reports, and the villages that border on settlements, and the keys my grandfather carries. My poor grandfather, he didn’t know that the locks had changed. My grandfather, may the doors that open with digital cards curse you and may the sewage water that runs past your grave curse you. May the sky curse you, and not rain. Never mind, your bones can’t grow from under the soil, so the soil is the reason we don’t grow again.

Granddad, I’ll stand in for you on the Day of Judgment, because my private parts are no strangers to the camera.
Do they allow filming on the Day of Judgment?

Granddad, I stand naked every day without any judgment, without anyone needing to blow any last trump, because I have been sent on in advance. I am Hell’s experiment on the planet Earth.

The Hell that has been prepared for refugees.

* tradução postada originalmente em Arabic Literature


********
Los últimos descendientes de los Refugiados
de Ashraf Fayadh
del árabe al español: Shadi Rohana y Lawrence Schimel

Provocas indigestión al mundo, entre otras cosas.
No obligues a la Tierra a vomitarte,
y permanece cerca de ella, muy cerca.
Eres una fracción irreducible,
no participas en operaciones matemáticas.
Así, creas confusión en las estadísticas internacionales.

Refugiado: el último de la fila, esperando tu pedazo de patria.
Esperar: ya lo había hecho tu abuelo, sin saber porqué.
El pedazo: eres tú.
Patria: un carnet para colocar en la billetera.
Billetes: papeles que llevan el retrato de los jefes.
Retrato: ocupa tu lugar hasta que vuelvas a tu país.
El Retorno: un ser mítico, de los cuentos de la abuela.
Se acabó la primera clase.
Vamos a la segunda: tú… ¿qué significas?

Todos están desnudos en el Juicio Final,
y nadarán ustedes en las aguas derramados de las cloacas.
Estar descalzo es saludable para los pies
pero insalubre para el suelo.

Estableceremos tribunas para usted, congresos.
Escribiremos elocuentemente sobre ustedes en los periódicos.
Existe una nueva fórmula contra los contaminantes recalcitrantes,
y está a medio precio.
Apúrense para comprar la mitad.
La crisis del agua es muy dura.

Negociaciones serias están en marcha
para garantizar cenizas gratuitas,
para que no te ahogas,
y sin violar el derecho de los árboles a vivir sobre la Tierra.
Evita consumir tu porción de cenizas de una sola vez.

Te enseñaron mantener la cabeza en alto
para que no veas la suciedad sobre la tierra.
Te enseñaron que la Tierra es tu madre
¿pero tu papá?
Lo buscas para averiguar tu linaje.
Enseñaron que tus lágrimas son un desperdicio de agua,
y que el agua… ya sabes.

Mañana…
sería mejor deshacerse de ti.
Sin ti, la Tierra lucirá mejor.

Los niños son como los pájaros,
pero no hacen sus nidos en los árboles muertos.
Y plantar árboles no es la responsabilidad de la agencia de la ONU para los refugiados.

Transfórmate en una hoja
para ser utilizada como un naipe
para escribir poesía
para limpiarte en el baño
para que tu mamá se sirve de ella para prender la estufa
y hornear algo de pan.

Según el pronóstico del tiempo:
el sol permanecerá en la cama por su alta temperatura corporal.

Los huesos, vestidos por carne y luego piel.
La piel se ensucia, y produce un mal olor.
La piel se quema y se ve afectada por factores sobrenaturales.
Mira a ti mismo, por ejemplo.

No pierdan la esperanza…
Dejen que el exilio del que huyen los anime.
Es una formación intensiva para aprender a vivir en el infierno
bajo sus condiciones duras.
Dios mío… ¿está el infierno aquí en la Tierra en algún lugar?

Los profetas ya se han jubilado
así que no esperen a ninguno enviado por y para ustedes.
Por ustedes, los observadores escriben sus informes dirarios
y cobran sus sueldos altos,
necesarios
para vivir con dignidad.

Los falafel de Abu Saíd están expuestos a contaminación
y las farmacias anuncian el fin de la campaña de vacunas.
No se preocupen a que contaminan a sus hijos
mientras el dispensario sigue allí.

El concurso de belleza está transmitido en vivo,
el bikini le queda bien a esta chica,
y esa otra tiene el trasero un poco grande.
Noticias de última hora: “Subida repentino en  el número de muertos
por fumar tabaco”.
El sol sigue siendo la fuente de luz,
y las estrellas se asoman pare verlos, porque el techo necesita ser repararado.

Discusión en el estacionamiento:
— La taxi no esté lleno todavía, no partiremos…
— Pero mi esposa está pariendo.
— Es su décima embarazo, ¿no aprendió nada?
Los informes advierten del crecimiento caótico de la población.
Caótico… ¡La palabra que buscaba todo este tiempo!
¡Vivimos en un mundo caótico!
Nos multiplicamos en masa y nuestros hijos permanecen desnudos.
Somos una fuente de inspiración para los cineastas, los noticieros, visitas de las delegaciones y discusiones por el G8… Somos los pequeños. Pero no pueden vivir sin nosotros. Por nosotros, algunos edificios cayeron, estaciones de ferrocarril explotaron (y el hierro es susceptible a oxidarse).
Por nosotros, los mensajes con foto se multiplican.
Somos actores sin sueldo.
Nuestro rol consiste en estar desnudos como nuestras madres nos parieron, como la tierra nos parió, como los noticieros nos parieron, como los informes de várias páginas, como las aldeas adyacentes a los asentamientos israelíes, como las llaves que todavía carga mi abuelo… Pobre de mi abuelo, ¡nunca se enteró de que cambiaron las cerraduras!
Mi abuelo… malditas sean las puertas que se abren con llaves digitales, malditas las aguas de las cloacas que fluyen por al lado de tu tumba, qué te maldiga el cielo sin lluvia. No importa, pues tus huesos no pueden crecer debajo de la tierra… es por culpa de la tierra que no crecemos por segunda vez.
Abuelito, en el Día del Juicio estaré ahí, déjame tomar tu lugar. Mis genitales ya son conocidos para la cámara.
¿Crees que será permitido tomar fotos durante el Día del Juicio?
Abuelito, estoy desnudo todos los días, sin Juicio, y sin que nadie toque ninguna trompeta. Ya me han mandado de adelantado. ¡Soy el experimento del infierno en la Tierra!
La Tierra…
El infierno que fue preparado para los refugiados.

* tradução postada originalmente em Arabic Literature


ASHRAF FAYADH (Abha, Arábia Saudita, 1980) é artista plástico e escritor de origem palestina. Fayadh participou de várias exposições internacionais, incluindo a Bienal de Veneza, e foi curador da exposição Edge of Arábia. Lançou em 2008 o livro Al-Ta'limât bil-dâkhil (Instructions Within), que está lhe custando 8 anos de prisão e 800 chibatadas... Seus poemas se encontram em várias publicações.

MARCÍLIO FARIAS é formado e pós-graduado pela UnB (Universidade de Brasília) em Jornalismo, Cinema e Filosofia. Em 1989 emigrou para os Estados Unidos. Vive e trabalha entre Natal (Brasil) e Phoenix-Miami-Boston (EUA). Obras publicadas/poesia: Visual Field (1996), Watermark Press, MD, EUA; O Livro Cor de Triângulo Cor-de-Rosa (2007), e Rito para Ressuscitar um Elefante (2010), ambos pela Scortecci Editora, São Paulo, Brasil. Link: Currículo completo. Poemas publicados no Falas ao Acaso: Moebius; Mandala; Passado incômodo; (John); Diálogo visto de longe na Praça de Sé.

JONATHAN WRIGHT is a Saif Ghobash Banipal Prize-winning translator (2013) who has brought many beautiful works into English, including Amjad Nasser’s Land of No Rain, for which he was commended by this year’s Saif Ghobash Banipal Prize judges.

SHADI ROHANA is a Palestinian translator from Haifa, doing literary translations between Arabic and Spanish. He’s translated and introduced a number of Latin American authors into Arabic, including Rodolfo Walsh, Yolanda Oreamuno, David Huerta, Eduardo Galeano and José Emilio Pacheco, as well as speeches and declarations from the EZLN in Chiapas. He’s lived in Mexico since 2012. 

LAWRENCE SCHIMEL (New York, 1971) writes in both Spanish and English and has published over 100 books as author or anthologist in many different genres, including one collection of poems written in Spanish,Desayuno en la cama (Egales), as well as a chapbook in English Fairy Tales for Writers (A Midsummer Night’s Press).

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