Geraldo Magela: Inflorescência

Geraldo Magela é um escritor mineiro-paranaense. Hora mineirense e hora paraneiro, não espera que lhe ponham a mesa, faz a ocasião por conta própria, servindo-se da palavra entre uma mordiscada no pão de queijo (de Minas Gerais) e um gole de leite quente (do Paraná). Magela, que coordena as atividades poéticas e culturais da Feira do Poeta, no Centro Histórico de Curitiba-PR, chega por aqui em três postagens distintas. Hoje, os aromas se misturam em Inflorescência, poema presente no seu livro deus!... são muitos outros eus - desaforismos (1999). Amanhã, nos apresenta dois toques de sensualidade. Depois, nos convida a uma reflexão lúdica em meio ao caos urbano...

“Se penso/ logo desisto” diz haikainianamente o Magela. Nessa época de camisinha, ele não a usa para deflorar sua Vênus namorada. Narcisista às vezes, debochado e irônico quase sempre, ele de forma concisa e sensual vai deixando escorrer sua poesia sem se impor qualquer limite. Orgásmico, esse Magela. Hermínio Bello de Carvalho, escritor, compositor, pesquisador e historiador da música popular brasileira.

INFLORESCÊNCIA

Geraldo Magela

MAL-ME-QUER

BEM-ME-QUER

BRINCO-DE-PRINCESA

BOCA-DE-LEÃO

ROSA-TREPADEIRA

AMOR-PERFEITO

FLORES-DO-MAL

BAUDELAIRE

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foto de Joba Tridente.2012

Geraldo Magela Cardoso, natural de Bocaiuva- MG, é escritor de prosa e verso, ativista cultural, produtor cultural, editor, dramaturgo, ator, dublê de mágico, performer, ex-articulista do Correio de Notícias. Em cerca de vinte títulos publicados, destacam-se: Bendita Boca Maldita; Se Metamorfose; Poesygynyka (poesia em rolo de papel higiênico); Gibi da democracia; Curitiba Nunca se Sabe; A Brisa É Você (coletânea de minicontos); O Rebu do Urubu e o Legado do Leão (literatura infantil); deus!... são muitos outros eus - desaforismo; Cadeira de Balanço (teatro); Marmitexto - Antologia Poética (culinária no marmitex); Mulheres Conversíveis e Carros Conversáveis; Mamilos de Vênus; O Homem é Produto do e-mail.